Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo
dar-te quando me perguntas por que razão te amo.
Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém.
Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem.
E porque me surpreendes e porque me sufocas e
porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e
o meu corpo de fadiga.
E porque me confundes e porque me enfureces e
porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho
necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura.
Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez.
E por todas as razões que sei e pelas que não sei e
por aquelas que nunca virei a conhecer.
E porque te conheço e porque me conheço.
E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
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