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terça-feira, 26 de março de 2013

WWF-Brasil e ICMBio inauguram base de operações no Parque Nacional do Juruena


O WWF-Brasil e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) inauguram na próxima quarta-feira, dia 27 de março, uma base operacional flutuante no interior do Parque Nacional do Juruena, situada entre o Amazonas e o Mato Grosso.

Na ocasião, será realizada uma solenidade que vai contar com a presença do presidente do ICMBio, Roberto Vinzentin, do superintendente de conservação do WWF-Brasil, Mauro Armelin, de técnicos das duas instituições e representantes de comunidades próximas, como a Barra do São Manoel.

Dentro do Parque Nacional do Juruena, o flutuante servirá como instrumento de apoio às ações de fiscalização e proteção da unidade. Além de garantir maior presença institucional do Estado no interior da Unidade de Conservação (UC), a base flutuante vai contribuir para a integração entre a equipe gestora do Parque e as comunidades locais.

O flutuante também será utilizado como base de apoio a pesquisadores, possibilitando a geração de conhecimento científico sobre a biodiversidade local e apoiando a geração do plano de uso público da Unidade de Conservação. Este plano indica os potenciais turísticos da região, como cachoeiras, corredeiras, cavernas e locais propícios ao ecoturismo ou turismo de aventura.

Estrutura impressionante

A base flutuante foi construída por uma empresa contratada pelo WWF-Brasil. Sua construção custou cerca de R$ 470 mil e utilizou madeira oriunda de apreensões realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) no município mato-grossense de Sinop, a 505 quilômetros de Cuiabá. Após o fim da construção, a base foi entregue e doada ao ICMBIo pelo WWF.

Ao vivo, a base flutuante impressiona por seu tamanho e pela estrutura disponível. Ela possui 14 metros de comprimento, seis metros de largura, 11 cômodos e pode suportar pesos de até 20 toneladas. O flutuante possui quartos para oito pessoas, cozinha, sala de comunicações e reunião, dois banheiros, área de serviço e área externa.

A construção da base flutuante levou cerca de quatro meses. Ela foi concebida com o auxílio de uma equipe composta de um arquiteto, engenheiros navais, gestores do Parque Nacional do Juruena e profissionais com experiência em construção de cascos flutuantes.

O equipamento conta ainda com outras estruturas cujo objetivo é minimizar seu impacto no rio Juruena: ele possui um sistema fotovoltaico, de captação de energia solar, para a geração de energia (com gerador sobressalente caso seja necessário); e uma estação de tratamento de esgoto que limpa os efluentes domésticos (produtos de pias, cozinhas e banheiros) antes de despejá-los no rio.

Base possui mobilidade

A base flutuante atende todas as normas de segurança estabelecidas pela Marinha e possui mobilidade - pode ser “rebocada” por pequenas voadeiras e atingir vários pontos distintos dentro do Parque Nacional do Juruena, que possui 1,95 milhão de hectares.

O superintendente de conservação do WWF-Brasil, Mauro Armelin, destacou que a ajuda aos governos e o apoio ao estabelecimento de parcerias público-privadas é uma das missões do WWF-Brasil. “Ao realizar esta doação ao ICMBio, estamos promovendo mais oportunidades de conservação do Parque Nacional do Juruena e mostrando que a sociedade civil brasileira está interessada e atenta à conservação das UC’s do País, nossos maiores patrimônios naturais e econômicos”, disse.

Comunidades beneficiadas

O presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, lembrou que a base flutuante também vai beneficiar as comunidades que vivem no Parque. “É como se estivéssemos instalando uma base avançada do Instituto ali. Estamos nos aproximando fisicamente não só do Parque, mas também das comunidades do entorno. Além disso, o funcionamento dessa base móvel é uma resposta às demandas dos ribeirinhos e possibilita um diálogo e uma presença mais permanente do Instituto”, explicou o presidente.

Vizentin afirmou ainda que a base flutuante representa uma grande melhoria nas condições de trabalho das equipes do ICMBio - que terão uma base de apoio para incursões mais difíceis e demoradas ao interior do Parque, um pedaço ainda inóspito da Amazônia. Esta base será, nas palavras de Vinzentin, “condição essencial a para a gestão do Juruena” e “uma referência para um conjunto enorme de ações”.

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