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segunda-feira, 18 de março de 2013

A Conquista do Everest: Hillary e Norgay Pisam no Rosto do Céu.


Entre o Tibete e Nepal, na fria cordilheira dos Himalaias, encontrava-se a última e maior conquista do homem sobre os rochedos irrompidos da terra: o monte Everest. Com aproximadamente 8.850 metros de altitude, suficientes para ser o "topo" do mundo, foi alvo de inúmeras expedições de conquista por parte do homem. Não deixando-se domar facilmente, o monte Chomolangma ("mãe do Universo" em tibetano) petrificou dezenas de alpinistas em suas sepulturas de gelo até ser finalmente vencido em 29 de maio de 1953.

Em 1911, quando o norueguês Roald Amundsen escreveu sua página na história ao fincar a bandeira da Noruega no Polo Sul, deixando britânicos para trás. Subir o Everest tornou-se uma questão de honra para os britânicos. Os nacionalismos da época requisitavam feitos gloriosos dedicados às pátrias. Quanto mais árdua a conquista, maior seria a glória nacional.

O caminho a ser desbravado até o cume do monte era desconhecido e perigoso. Em 1921, George Mallory e Andrew Irvine seguem para o Everest e desaparecem na neblina. Até hoje não se soube se chegaram ao topo ou não. O monte dos Himalaias ainda hoje possui um rastro de dezenas cadáveres dos que tentaram subi-lo.

A escalada do monte Everest implica em grande desgaste humano. Sua altitude corrói a capacidade humana, fatalmente acabando com a vida. Com 8 mil metros de altitude, "o aproveitamento do oxigênio cai para 30%, causando muita náusea. As tosses dão impressão de facadas nas costas. Se alucinações ocorrem, são indicação de que a descida é necessária."

Depois da Segunda Guerra, foram disponibilizados novos equipamentos para a mortífera empreitada do homem "contra" a natureza. Produzidos para soldados alpinos e aviadores ambiciosos, uma séria de itens, como tanques de oxigênio, estufas desmontáveis, walkie-talkies (rádios de comunicação), roupas confortáveis, foram ansiosamente adquiridas para dar continuidade às expedições.

O coronel britânico John Hunt comandou a mais bem equipada de todas as expedições britânicas ao Everest. Dois dos seus alpinistas – Edmundo Hillary (neozelandês) e Tenzing Norgay (guia nativo) – foram enviados à frente. Em 29 de maio de 1954, a equipe chegou e, apesar da extrema condição imposta pela natureza, maravilharam-se com a vastidão sem fim. E, mesmo que não fosse possível ver algo, certamente o corpo sentiria a grandeza de estar no topo do mundo.

Em 1953, na primeira vez que o Everest foi vencido, o caminho foi feito pelo lado sul, o mais instável: lá existe a chamada cascata de gelo, que se quebra e se refaz o tempo todo, além das fendas profundas que são escondidas por finas camadas de neve.

O neozelandês Edmundo Hillary – e que teria sido o primeiro dos dois a chegar ao cume – e sherpa Tenzing Norgay entraram para a história como os conquistadores do Sagarmatha (rosto do céu em nepalês). "Os primeiros alpinistas foram heróis: não tinham informação sobre o que vinha pela frente nem os mapas e equipamentos que temos hoje". Hillary e Norgay desbravaram e venceram onde aproximadamente 200 alpinistas foram mortos (falando-se de números oficiais).



Texto: Eudes Bezerra.
Administração Imagens Históricas.

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