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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Rio terá a primeira cooperativa para tratamento do e-lixo no Rio+20



O Rio de Janeiro vai ganhar, durante a Rio + 20, sua primeira cooperativa de catadores e recicladores focada na coleta e reaproveitamento do e-lixo – o chamado lixo eletrônico. O projeto, desenvolvido pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) , da Coppe-UFRJ, é ambicioso e prevê a formação, até o fim do ano, de uma rede de 22 cooperativas no Rio de Janeiro que irá coletar eletroeletrônicos fora de uso junto à população - TVs, computadores, celulares e máquina de lavar fora de uso, entre outros - para separar seus componentes em três segmentos para a venda: placas, plástico e metal.

O projeto será iniciado durante a conferência com a inauguração de um centro de desmontagem de e-lixo na Cooperativa Amigos do Meio Ambiente (Copama) , em Maria das Graças, e a instalação do primeiro coletor de e-lixo na sede da Coppe-UFRJ, na Ilha do Fundão. Posteriormente serão estabelecidos pontos de coleta para o material em toda a cidade.

A iniciativa já nasce com uma parceria entre sociedade, empresas e universidade. Segundo o pesquisador Gonçalo Guimarães, coordenador geral da ITCP, a empresa Recyclar já oficializou sua participação no projeto, se comprometendo a comprar todas as placas eletrônicas obtidas pelas cooperativas, da onde retira ouro, platina, prata e cobre para serem exportados para a Europa.

Já os metais e os plásticos encontrados nos equipamentos serão comercializados no mercado. “Este projeto une todas as pontas: sociedade, academia e setor empresarial, além de trabalhar com catadores e recicladores, que fazem a separação de todo o material. Essa articulação tem tudo para dar certo, pois tem muito apelo junto à população. Todo mundo quer dar fim a algum tipo de equipamento e não sabe o que fazer. Só a UFRJ tem três toneladas de equipamentos esperando destinação. Vamos fazer uma campanha para mobilizar as empresas e a sociedade durante a Rio + 20”, explicou Guimarães.

Para os trabalhadores que participarem da cooperativa, o projeto se traduz em emprego e renda. Enquanto plásticos e metais são vendidos a centavos de reais, as placas serão comercializadas a R$ 7,00 por unidade.

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) atua desde 1995 com objetivode tirar da invisibilidade grupos sociais excluídos econômica e socialmente e transformá-los em empreendedores capazes de gerar e comandar seus próprios negócios. Utilizando técnicas de gestão, cria metodologias e desenvolve ações de inclusão e valorização do trabalho desses grupos que estão nas bordas da economia informal, atuando em mais de cem cidades brasileiras.

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