este amor de que falam os apaixonados,
minhas rimas são dispersas, inócuas,
desejos imersos em rimas dispersas.
Não tenho muitos sonhos,
mas invento meus versos,
perdidos versos que vagam sozinhos
fazendo um eco na solidão.
É uma estéril caminhada poética,
poemas invisíveis que ninguém lê,
monólogos que restam do dia a dia,
falando surdamente para mim mesma.
São versos distraídos de silêncio,
no descaso do nada querer,
mas se todo amor é um refúgio,
resta então uma esperança
para uma súbita poesia....
Sônia Schmorantz
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