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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Entrevista com a Arte Educadora Francine Machado de Mendonça

                              



O Blog Amor à Literatura e à Educação entrevistou a Francine Machado de Mendonça que é arte educadora, escritora, produtora cultural e contadora de histórias que respondeu nossas perguntas.

Francine no programa Quintal da Cultura
Perguntas
  1. O que te inspirou ou inspira você a ser uma contadora de história?
                                         A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo, criança
 Desde criança amava ouvir historinhas de gibis e saía "recontando" até antes de aprender a ler. Na época os ouvintes, especialmente familiares, estranhavam, porque não alfabetizavam tão cedo, achavam que estava ganhando aulas extras domésticas. Digamos que já era um ensaio intuitivo para futuramente bater texto nos palcos - a paixão teatral chegou mais tarde. Depois escrevi e fiz contações dramatizadas das histórias de tios comemorando anos juntos, da família se reunindo todo Natal, de primos casando em festa junina familiar - creio ser um misto de amor à literatura, às celebrações, à própria narração e a improvisar palcos onde eles não existem. Claro que os estudos, pesquisas e reafirmação das paixões cênica e literária vieram com o passar dos anos, mas só confirmaram o que a intuição ajudou praticar na infância. Adulta fui fazer teatro pra me ajudar com gravações para TV comunitária do ABC e por anos estas paixões correram em paralelo.


       2.O que fez você se apaixonar pelo mundo da literatura? 

Tive algum incentivo criança, com pais contando histórias em quadrinhos, professores me vendo inventar livros em cadernos e criando concursos de livrinhos artesanais para estimular e amigas das tias mediando minhas primeiras leituras. Os livros foram minhas primeiras companhias, quando ainda era tímida e não conhecia o teatro, que me tornou mais expressiva mais tarde. Nesse universo podia inventar, desenhar e brincar com personagens. Digamos que era nerd mirim literária e depois profissionalizei, mais adulta. Aos poucos, em oficinas e recentemente, fui lapidando minhas vivências na pós da arte de contar histórias, na Casa Tombada. 

     3.Nós conta sobre seu novo livro infantil juvenil  A Pirueta da Bailarina Fofinha e o que ele traz de aprendizado?  

Devido à paixão pela escrita, fui parar no jornalismo, onde pelo esquema industrial da comunicação me afastei da literatura. Um dia, num teste pra um instituto duma grande empresa, que dava reforço escolar nas comunidades que se criaram ao redor de suas fábricas, li a redação duma garotinha que após ver balé pela 1a vez, escreveu que "tinha que ser bailarina: no palco estava a paz que era precisava pra entender o mundo". Fiquei com a força deste encantamento infantil em mim, até ver vídeos de bailarinas mais cheinhas lutando contra gordofobia na dança. Fui maturando este livro e anos mais tarde nasceu A Pirueta da Bailarina Fofinha, tratando destes sonhos infantis, como nós professores podemos incentivá-los (até por ter feito uma peça aos 10 anos, antes de ver uma, provavelmente com incentivo e explicações duma professora infantil), gordofobia, bullyng, sempre duma maneira lúdica, já que depois de anos de narrações e estudos do brincar, percebi que os pequenos ficam um tempo significativo neste universo mágico do faz de conta. Minha amiga Fernanda Fávaro contou a história pra filha bem antes de publicar (hoje a 1a ouvinte já é adolescente), me deu dicas e também é jornalista. A publicação veio depois de revisões, releituras e acolhimento das críticas de marido e amigos. No fim acho que a ideia original é nossa,mas já tem aprimoramento de conhecidos fãs de livros.
 
4.Quais narrações você fez no Quintal da Cultura?


Fiz Nós, de Eva Furnari (que fez palestra na minha pós e é uma das escritoras que amava criança), lenda ribeirinha Mãe D'Água, que conheci na obra O Menino que Acordou o Rio, de Claudia Lins e  lenda afro Canção da Chuva, de Gana, que pesquisei na coletênea Volta ao Mundo em 80 Histórias, quando era professora de biblioteca no Colégio Santa Maria.

5.Nos conta um pouco dos seus projetos literários?

Já fiz contações de histórias pelo BiblioSesc São Caetano em CRAS, praça, centro cultural e escolas públicas do ABC; dei formação para explorar teatro e contação de histórias em creches conveniadas à rede de São Paulo; mediamos leitura, fizemos concurso e publicamos coletânea trilíngue de contos dos estudantes, pais e professores das escolas bilíngues indígenas da Argentina pelo coletivo Aty Saso; fiz contações em asilos; oficinas culturais e de cidadania na Fundação Criança de São Bernardo; contações produção de cartas e escuta de memórias entre crianças e senhores no Sesc Registro pela dupla Mulheres Contadeiras, criada com a produtora, fotógrafa e oficineira Tatit Brandão; além de ter sido formadora em literatura no Programa de Iniciação Artística (Piá) pela Secretaria de Cultura de São Paulo, para crianças no CEU Caminho do Mar, em parceria com o músico Marcelo Lavrador.

6.O que te inspira no teatro para você gostar de atuar?

Sou apaixonada pela dramaturgia, bater texto, encenar em grupo, criar no coletivo, imaginar em equipe, experimentar outros corpos e vozes de diferentes personagens, levantar histórias que nos façam refletir, criar peças que nos façam rir da nossa desgraça... Além de colaborar para criarmos, sonharmos e acreditarmos em futuros melhores pelas artes cênicas. 

7.O que a arte simboliza para você?

A forma mais lúdica de tornar a vida digerível. É tanto trânsito, correria, desvalorização do professor e artista, batalha árdua para colher uma parte menor dos frutos das sementes que plantamos, poluição sonora urbana, transporte cheio e demorado, que pela arte vamos rindo das dificuldades, elaborando dores, recriando realidades, sonhando em coletivos artísticos e ensinando de modo lúdico. É minha militância no faz de conta depois de adulta. Tanto que a levo para as aulas de artes que dou no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) de Santo André.

8.Tem projetos futuros?

Montar uma das peças que escrevi com a amiga atriz Vanessa Denofrio, criar e dar oficinas culturas com a parceira budista Cristiane Martins, voltar a incentivar teatralmente o amor pela literatura em sala de leitura na rede de educação de São Paulo (ou fazer projetos nela), publicar outros livros e apresentar novas contações com a musicista Sthef Leal. 

9.Um mundo sem literatura é?

Um mundo árido difícil de engolir, muito pouco palatável e sem imaginação. 

10.Como é trabalhar com Educação infantil? 

Nesta área faço mais contações do que atuo no dia a dia atualmente. Por isso mesmo fiquei com a parte mais divertida: contar, brincar, interagir, criar e manter acesa a chama do faz de conta neles.Os pequenos me trazem ideias, me desafiam participando das narrações, me encantam agradecendo: são nossa esperança neste mundo em que enfrentamos tempos sombrios. 

11.O que você gostaria de dizer aos nossos amados leitores?

Que a literatura cura nossa imaginação quando estamos com a esperança adoecida. Ajuda nos por no lugar do outro. Viajar sem dinheiro. Inventar personagens, projetos e brincadeiras. Se não tem o hábito da leitura com livros adultos, é possível se encantar com as obras infantis - além de nunca ser tarde, elas também têm mensagens adultas nas entrelinhas. Basta se abrir à viagem literária, seja lá em que idade ou a partir de qualquer tipo de ficção.

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé
Família comemorando lançamento da Pirueta da Bailarina Fofinha
   
Essa foi à entrevista com a Francine Machado de Mendonça para o Blog Amor à Literatura e à Educação.

    quarta-feira, 1 de agosto de 2018

    Um pouco sobre o Livro O Anjo e a Vampira do escritor J. Modesto



    História sobre relação entre anjo e vampira abre Coleção de contos de J Modesto


    História foi originalmente publicada na coletânea Amor Vampiro.


    O conto O Anjo e a Vampira, escrito pelo autor J Modesto inicialmente para a coletânea Amor Vampiro, que ganhou o Prêmio Codex de Ouro de melhor antologia em conjunto em 2011, traz uma história de amor diferente e ao mesmo tempo apaixonante e que tenta ultrapassar todas as dificuldades que surgem pelo caminho.
    A história, que atualmente está em versão e-book e em breve ganhará versão impressa, estreia a Coleção de Contos J Modesto, lançada pela editora Livrus.
    O editor Ednei Procópio afirma que esta coleção é uma forma do “leitor poder se saciar com as histórias mais curtas, disponíveis no mundo inteiro através dos grandes canais, com a qualidade e dedicação que o gênero merece”.
    “Em O Anjo e A Vampira temos um romance contado da avó para o neto com uma trama recheada de amor e magia - que originaria um livro inteiro mais interessante que muitos romances sobrenaturais que vemos por aí.” (Tatiana Jiménez via Skoob)
    O livro, que vem acompanhado de algumas ilustrações referentes à história ao longo das páginas, apresenta um enredo o qual bem e mal se encontram e não resistem ao amor. A obra explora os conflitos que este amor proibido pode trazer e ao mesmo tempo aborda a essência dos sentimentos dos personagens.
    Este é um conto para evidenciar tudo do que o amor é capaz e para encantar os leitores. A versão digital de O Anjo e a Vampira está disponível na Amazon e no site da editora Livrus.


    SERVIÇO 
    Livro: O Anjo e a Vampira 
    Autor: J Modesto 
    Editora: Livrus 
    Ano: 2016
    Páginas: 42 
    Preço médio: R$ 6,90 (versão digital)

    segunda-feira, 30 de julho de 2018

    O Blog Amor à Literatura e à Educação chegou à 700 curtidas no Facebook

    Sempre comemoramos muito cada curtida que a página do Blog recebe no Facebook e dessa vez é com orgulho compartilhar que chegamos à 700 curtidas.
    Muito obrigado à todos que seguem o Blog no Facebook e se você ainda não curtiu a página clique aqui e receba diariamente várias postagens do Blog....

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    quarta-feira, 25 de julho de 2018

    Primeiras Impressões do Livro Somos Ninguém da escritora Cindy Dalila/ Editora PenDragon




    O livro Somos Ninguém da escritora Cindy Dalila irá contar através de quatorze contos de quatorze personagens diferentes, cada um contando sua vida individualmente sempre havendo reviravoltas, insegurança, tristeza, raiva e traumas.
     Sendo contos não tão leves, pois a maioria deles trata sobre problemas psicológicos, como por exemplo o conto “Diana” que irá contar a história de uma moça que quando era pequena havia problemas para se enturmar ou ter amigos, mas por ventura acaba conhecendo Catarina que ao decorrer de algum tempo se tornam grandes amigas. Com isso elas vão crescendo até chegar na adolescência indo para festas e tal. Nisso Diana está numa festa e ver o irmão de Catarina que acaba ficando e tendo sua primeira relação sexual.  Assim que Catarina começa a estudar na faculdade acaba se afastando de Diana e Diana acaba voltando a ser aquela moça de poucos amigos, indo para festas sozinha e bebendo  bebidas alcoólicas  para ter histórias para contar. Não ou havendo alguma vontade de mudar de vida acaba se prostituindo, morando com outras mulheres e mostrando sua visão sobre sua vida neste caso aparentemente triste.
     A escrita da escritora é simples, de fácil entendimento o leitor consegue ler sem ter qualquer dificuldade. Além de saber na onde está acontecendo cada história passada nos quatorze contos do livro.

    segunda-feira, 23 de julho de 2018

    Série Contos Distópicos do escritor Luiz Amato

    Conto n. 08
    A imagem pode conter: montanha, céu, atividades ao ar livre, texto e natureza

    Minutos antes da estação espacial adentrar a atmosfera terrestre rumo a cidade de São Paulo.
    Avenida Paulista, escritório da Barrey-Whitman Investimentos. Final de reunião:
    - Parabéns Sr. Ferreira, seus investimentos ultrapassaram a casa de um milhão de dólares.
    Jorge Paulo sorriu – Foi para isso que trabalhamos juntos.
    - Sim – o diretor da filial brasileira da BWI levantou – Venha nos visitar sempre que quiser.
    - Virei. Minha meta é chegar rápido a dois milhões – cumprimentou o executivo se dirigindo aos elevadores.
    - Sr. Jorge, use o privativo como sempre.
    - Ah! Claro.

    x - x
    Três dias atrás:
    Jorge acordou pensativo. Sonhara com o pai, já falecido, pela segunda noite consecutiva.
    Sempre que isso acontecia suas ações subiam, mas desta vez sentiu ser outra situação.
    No sonho, eles encontravam-se próximo do canyon onde costumavam caçar. Luís Douglas estava junto.
    - É isso. Está na hora de visitar meu irmão, o lerdo – sorriu de si mesmo. – Fazem uns dois anos que não o vejo. Espero que ainda more no mesmo local.
    Luís era gêmeo de Jorge, porém quase uma hora mais novo em decorrência de complicações no parto.
    - Então está definido, vou ver o lerdo.
    Tomou um banho demorado enquanto a governanta da grande casa preparava-lhe o desjejum.
    Escolheu uma camisa de linho importada, um dos seus gostos extravagantes. O contato do tecido na pele fez com que lembrasse de como vencera na vida.
    Seus genitores morreram quando ele tinha completado vinte e um anos. O pai lhe deixara um bom dinheiro que, com inteligência e uma boa dose de desonestidade, ele duplicou.
    Sem demora, com propinas para um advogado e um servidor público de alto escalão, seu irmão fora considerado inapto, tornando-o responsável direto por ele, perante a lei. Todo o dinheiro da família agora era dele
    Aos trinta anos já era muito respeitado no mercado financeiro, principalmente pela sua agressividade funcional e por não ter dó de atropelar os concorrentes ou quem quer que fosse.
    Tomou o resto do suco. Foi para garagem, onde dispensou o motorista. Hoje ele dirigiria o seu SUV importado, top de linha.
    No caminho decidiu que levaria o irmão para um passeio, afinal devia isso a ele. Gargalhou, quase engasgando.
    Ao se aproximar da casa, sentiu arrepios. Ele não gostava do local. Era um bairro pobre de periferia.
    Tudo estava do mesmo jeito que lembrava com pintura gasta e descascada. Tocou a campainha.
    Ao ver Luís abrir a porta, espantou-se. Não podia estar com aparência pior. Cabelos longos desgrenhados e barba comprida.
    - Sou eu lerdo. Não está me reconhecendo?
    Ele tentou articular algumas palavras, demorando um pouco – É você Jorge – abriu os braços para abraçar o irmão, com um grande sorriso nos lábios.
    - Vamos entre. 
    A casa estava malcuidada. Muita sujeira e tranqueiras. O mais velho franziu o nariz.
    - Vou levar você para um passeio, mas antes vá tomar um banho. Você está precisando e muito. Depois vamos a um salão de cabelereiro. Esperarei lá fora no carro.
    Tudo foi rápido. Em menos de duas horas já estavam na estrada em direção ao canyon.
    Eles eram gêmeos idênticos. Jorge olhou para o irmão. Maquinava de que forma poderia usar isso para ganhar dinheiro.
    Estavam próximos ao local onde iam caçar com o pai.
    Parou em um supermercado, comprando mantimentos e sacos de dormir. Decidira que passariam a noite lá.
    Durante a tarde vasculharam as redondezas na mata, como faziam quando jovens. Começara a escurecer.
    Num lugar já predeterminado prepararam o mini acampamento.
    - Está com fome? – Perguntou Jorge
    Com esforço ele respondeu; – Sim muita e cansado também. 
    Em silêncio comeram lanches, saciando a sede com suco em lata.
    Após comerem Luís cutucou o irmão, como sempre fazia quando tinha algo a dizer.
    - Fala lerdo.
    - Eu tirei uma identidade nova, pois a outra eu perdi. Quer ver?
    Sem saber porque, achou graça nisso.
    - Sim, me mostra. – Olhou. A foto era idêntica à sua.
    - Onde você cortou o cabelo e a barba para tirar essa foto?
    - A Célia veio lá em casa e fez para mim. Ela era quem limpava toda a casa. Mas um dia ela ficou doente e morreu.
    Jorge pegou a sua identidade e deu para o irmão.
    - Esta é a minha. Agora olhe bem para as fotos e me diga: Quem é o mais bonito?
    Luís permaneceu um bom tempo quieto, olhando os documentos.
    - Eu não consigo decidir. Estou com sono pois costumo dormir cedo. Posso lhe responder amanhã?
    - Pode. Vá dormir.

    Ele acordou cedo. Estava agitado e com um humor ruim. Não conseguia entender porque perderá um dia com o lerdo de seu irmão.
    Nunca mais farei isso, pensou. Tempo é dinheiro.
    - Vamos embora, está na hora.
    - Mas nós nem fomos ainda para aquele lado – apontou, sem saber, na direção do canyon.
    - Eu não estou com vontade de ir para lado nenhum. Tenho muito o que fazer.
    Começou a recolher as tralhas quando uma lembrança veio à mente – Isso. – Olhou para o irmão.
    - Você está certo. Não fomos para lá – Saiu caminhando na direção indicada, seguido por Luís.
    Caminharam quase uma hora, chegando ao canyon. Jorge dirigiu-se a beirada.
    - Venha lerdo, vamos brincar aqui.
    - Não vou não. De jeito nenhum.
    - Vem, não tem perigo.
    - Eu tenho medo. Daqui não saio.
    Igual a quando eram jovens Jorge começou a pular bem próximo da beira, gritando com o irmão. Isso fez com que ele chorasse.
    - Você não muda mesmo né. Cresceu, mas é o mesmo maricas de sempre. Não vem? Então vou buscar você.
    - Não – ele estava apavorado.
    Nesse instante a terra tremeu.
    Não foi um tremor forte, mas fora o suficiente para derrubar Jorge, que rolou na direção do precipício.
    Luís permaneceu estático. Não tinha reação.
    - Socorro. Vem me ajudar.
    Ao ouvir o grito do irmão, ele saiu do estupor correndo em direção a beirada.
    Jorge estava a um metro e meio abaixo, agarrado em uma pequena árvore que lá nascera. Seu semblante era de pavor.
    - Luís, arranja um pedaço de pau grande e me puxa. Seja rápido, as minhas mãos estão doendo.
    - Sim, eu vou, eu vou.
    Sem demorar ele voltou com um pedaço de um galho, parecendo um comprido cajado.
    - Isso lerdo, isso. Agora abaixa ele devagar em minha direção.
    Com cuidado ele baixou o bastão.
    - Estou quase alcançando, só mais um pouco e você pode me puxar. 
    - Certo – Sem demonstrar medo ou emoção Luís golpeou com força, várias vezes, as mãos de Jorge até que ele as soltasse da árvore, derrubando-o no precipício.
    Seu semblante não transparecia sentimentos. Com calma, pegou as identidades no bolso da camisa.
    Separando a do irmão, jogou a sua no despenhadeiro.
    Como eu um sussurro falou:
    - Eu não sou lerdo. Só deixei que você trabalhasse no meu lugar todo esse tempo.

    Dias atuais:
    Ao sair do elevador privativo, ele só teve tempo de ouvir o fragor causado pela entrada da estação espacial na atmosfera terrestre.

    segunda-feira, 16 de julho de 2018

    O Blog esse ano e suas parcerias

    O Blog Amor à Literatura e à Educação esse ano conta atualmente com 6 parceiros sendo 5 escritores entre eles J. Modesto, Francélia Pereira, Luiz Amato, Sayd Oliveira, Ítalo Anderson e a Editora PenDragon. 
    Para nós do Blog é muito importante buscar trazer postagens novas para vocês de vários gêneros literários mostrando como nossa literatura brasileira e internacional é rica. Por isso nós buscamos trazer novos parceiros, pois sabemos da importância que nossos escritores tem para que a literatura continue inovando e encantando à todos que amam ler um bom livro.  
    Esse ano bem diferente dos outros o Blog conseguiu um bom numero de parceiros e que possamos fechar com mais escritores e editoras, pois é muito bom ver como a literatura pode ser tão encantadora e ao mesmo tempo incrível em diferentes gêneros literários. 
    A imagem pode conter: 5 pessoas, pessoas sorrindo, texto

    Se você é escritor ou editora e quer ser parceiro do Blog entre em contato com nós. 

    sexta-feira, 13 de julho de 2018

    Divulgação ANTOLOGIA PERDIDO EM MIM


    Se você quer participar de uma antologia que trate os transtornos mentais de forma séria, conheça a nossa proposta. 

    A antologia “Perdido em mim” está com edital aberto até o dia 10 de agosto e receberá textos de quase todos os gêneros, com exceção de terror sobrenatural, religioso e poemas. O nosso objetivo é reunir histórias de ficção ou baseada em fatos escritas por pessoal da área de psicologia, escritores aptos para discutir com responsabilidade a temática e, principalmente, pessoas que tenham sido classificadas com o transtorno abordado em seu texto.


    Sinopse temporária: “Já teve a sensação de se perder em algum lugar? Se sentir sozinho em um ambiente desconhecido é amedrontador, principalmente se você sequer imagina como sair dali. Agora, imagine viver essa sensação diariamente, em uma busca constante por si mesmo, enquanto um transtorno mental o cerca: é assim que muitos se sentem. Em perdido em mim, você descobrirá a realidade de quem luta para se encontrar.”



    Para saber mais acessa abaixo os links: 

    quarta-feira, 11 de julho de 2018

    Série Contos Distópicos do escritor Luiz Amato parceiro do Blog


    Conto n. 02


    A imagem pode conter: atividades ao ar livre e texto

    Marcos e seu irmão mais novo Wallyson, corriam como alucinados:
    - Corre mano, não podemos deixar essa escapar, cerca ela lá na frente.
    - Pode deixar Ma, ela não vai fugir de forma alguma.
    Dito e feito. Wally cercou a presa, fazendo-a hesitar. Foi o suficiente para que o mais velho a abatesse com um pedaço de pau, usado como porrete.
    - Ufa! Foi difícil mais conseguimos. Toca aqui irmãozinho. Filetes de saliva escorriam provocados pela fome.
    A caça foi colocada em uma improvisada e suja mochila. Deixaram o antigo shopping com sorrisos nos lábios.
    Durante a volta evitaram passar pela frente do antigo hospital geral. Além do canibalismo praticado pelos ocupantes, episódios de chuva ácida ocorriam com frequência na região.
    Depois de quase uma hora de caminhada, chegaram ao local onde funcionara a lanchonete de sua mãe.
    - Oi mamis, trouxemos comida – Wally era pura alegria.
    - Chegamos dona Re – essa era a forma carinhosa como Marcos tratava Regina, sua mãe.
    Ela tentou sorrir, mas as dores nos ossos a impediu. Com dificuldade abraçou os garotos.
    - Eu amo muito vocês. Muito mesmo, lá do fundo do meu coração.
    - Nós também mãe – respondeu o menor.
    Ela iria preparar a comida. Pegou uma panela, resto de seus utensílios.
    Marcos se incumbiu de acender uma fogueira e Wally coletar um pouco da água de baixa qualidade, que estocavam em uma banheira.
    Após a grande praga, que levou ao extermínio de mais de noventa por cento da população mundial, incluindo o seu marido, ela prometera que cuidaria dos meninos, não importando se isso custasse a própria vida.
    Mesmo seriamente debilitada ela preparou uma sopa, que desta vez teria além das gramíneas e das pedras, carne da presa trazida pelos filhos.
    Enquanto a água ferventava, ela limpou a ratazana, cortando-a em pequenos pedaços. Adicionou-os ao caldo. Nesta noite Marcos e Wallyson dormiriam de barriga cheia.
    Ela retirou o trapo que encobria um corte na parte baixa de seu braço, próximo ao cotovelo. Já era quase um ritual quando preparava algo para eles comerem.
    Viu que estavam distraídos. Em rápidos movimentos regou a sopa engrossando-a com o seu sangue.

    FIM

    sábado, 7 de julho de 2018

    Resenha do Livro Vampiro de Schopenhauer do escritor J. Modesto





       O Livro Vampiro de Schopenhauer através da ficção vai marcar pouco antes da monte do filosofo alemão Arthur Schopenhauer seu encontro com o vampiro Jean(O mesmo do livro Trevas) que irão marcar na narra discussões sobre a morte e imortalidade. 
        Através de uma forma bem simples e descontraída os dois irão discutir sobre a filosofia e seus conceitos. O Vampiro com seus séculos de existência ira conversar com o Filosofo Arthur que com um vasto conhecimento se surpreende com ele, pois fazia alguns anos que não conversava com alguém tão inteligente quanto ele sobre assuntos. 
       O cenário se passa na Alemanha do século XVIII, que faz com que o leitor questionar alguns conceitos através de uma abordagem divertida e de uma verdadeira introdução à filosofia que através do próprio Vampiro com seu jeito de conversar faz com que fique divertida, pois ele que faz esses questionamentos ao Alemão Schopenhauer colocando em xeque sua obra. 
        Através de uma linguagem simples e detalhista o escritor J. Modesto nos mostra como a filosofia pode ser gostosa de ler, pois ao ler o livro o leitor consegue entender os conceitos discutidos pelos personagens sem precisar ter algum conhecimento na filosofia atraindo atenção sobre temas que muitas vezes passam despercebidos pelas pessoas, pois não entende o que está sendo dito, mas com uma linguagem de fácil entendimento acaba sendo fácil saber o que o escritor está querendo dizer. 



    quarta-feira, 4 de julho de 2018

    Mini conto da Série Contos Distópicos do Escritor e parceiro do Blog Luiz Amato

    A imagem pode conter: atividades ao ar livre e texto


    Conto n. 01

    Achado em um pedaço de papel amassado e sujo:

    “A beleza tomara conta do planeta terra.
    Agora os morangos floresciam em abundância. Não mais eram apanhados ainda verdes e amadurecidos artificialmente.
    Abelhas voavam livres, embriagadas no néctar das flores. O mel escorria generoso das colmeias.
    A atmosfera estava pura, sem resquícios de qualquer espécie de poluentes.
    Espécies de peixes antes desaparecidas, nadavam conforme seus instintos, nas claras e despoluídas águas de rios, riachos e córregos.
    Animais repousavam, sem o medo da cruel rede ou da bala de um caçador.
    A vida era quase plena. Alguns poucos detalhes e ajustes eram necessários, porém o tempo é senhor de tudo.

    Não pense que o descrito acima é um sonho. Que a pessoa vai acordar e ver que tudo continua o mesmo.
    Não conclua que extraterrestres vieram ao nosso planeta e nos mostraram que podemos ter um convívio sábio com a natureza.
    Não raciocine que são meras palavras. Que basta uma borracha para apaga-las.

    Essa é a atual e feliz realidade, pois hoje fazem dois anos que o último ser humano, os carrapatos do planeta terra, sucumbiu.”

    Ok, ok, mas tem perguntas que não querem calar. Se todos sucumbiram:
    - Quem escreveu? Quem achou? Foi lido por quem?

    Ah!!!!!!!!! Sim. Lembra daqueles que eram tachados como loucos, desnecessários, incapazes, etc?

    FIM