“A praça do povo, amiga, como o céu é do condor”.
A praça é do povo, é o seu campo de batalha, onde ele protesta e luta.
Nãos vistes ainda a multidão se agitar na praça como um mar em tormenta que destrói navios e invade o cais?
No tempo do poeta Castro Alves
Os negros eram escravos comprados em leilões,
Mercadoria que se vendia, trocava e explorava.
E em troca de tudo que eles deram ao branco,
Sua força, seu suor, suas mulheres e filhas,
A maciez da sua fala que adoçou a nossa fala,
Sua liberdade,
O branco lhe quis dar apenas,
Além do chicote, os deuses que possuía.
Mas deuses os negros traziam da África,
Os deuses da floresta e do deserto,
E continuaram fiéis aos seus deuses
Por mais que rezassem ao deuses
Dos seus donos.
Do fundo das senzalas vinha o choro convulso
Dos negros no bater dos atabaques,
Quando chegava do longínquo das praças
A inquietação do homens...
Era toda uma raça que sofria,
Se desesperava e reagia,
Conservando alguma coisa de seu,
Puramente seu.
......
Assim ele via o negro, magnífico, forte e belo,
Rompendo as cadeias, livre na sua força colossal..l.
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