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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A sensibilidade do ser humano é 'animal'.


Hoje, enquanto pedalava com um amigo na Av.Paulista, me deparei com uma cena bem diferente: um morador de rua que, seguido por um cachorro, empurrava um carrinho cheio de filhotinhos que, por onde passava, despertava suspiros e atraia olhares curiosos para os pequenos animaizinhos que brincavam entre si.

Me aproximei do garoto que preferiu não falar seu nome e tive uma breve conversa com ele. O rapaz não se mostrou muito aberto e queria sair logo dali. Logo percebi o motivo. Os mesmos 'suspiros e olhares' que ele atraia, logo se aproximaram e tornaram-se ofertas de ajuda para cuidar dos animais assim como expressões invazivas e desmedidas de puro preconceito.

Obviamente, o rapaz não estava se sentindo nem um pouco à vontade naquela situação. Na verdade, estava sendo julgando por um bando de domingueiros que sequer o conheciam e, mesmo assim, ofereciam ajuda aos seus animaizinhos. Constatei, ali, uma triste realidade.

O que me tocou e me levou para perto daquele morador de rua, não foi seu aspecto magro ou o evidente esforço que fazia para empurrar aquele carrinho cheio de filhotes debaixo de sol forte, em plena Av.Paulista. O que, de fato, me sensibilizou e também mobilizou todos aqueles que passaram a literalmente cercá-lo, foram os 'pobres' animaizinhos que, segundo nosso puro preconceito, se encontravam em 'apuros' naquela 'triste' situação.

Algumas pessoas perguntaram se os animais estavam à venda e o garoto respondia que não, que os animais ainda estavam mamando e que, mesmo se não estivessem, não pretendia vender nenhum deles. Uma senhora chegou a dizer que aquilo era uma "judiação", e o garoto, já exasperado, questionou a mesma argumentando que judiação seria permitir que os filhotes fossem retirados da mãe.

Muito sem graça e em meio a dezenas de domingueiros, o garoto pediu para se retirar e se despediu com um tímido sorriso. Agradeci pela atenção e também me retirei daquele cerco que havia se formado em nossa volta. Ainda chocado, voltei a pedalar questionando meus valores e os valores de todos que se aproximaram daquele simples 'exemplo' de existência que acabou cruzando nossas vidas nesta tarde de domingo.

Se soubéssemos como nos relacionar e tivéssemos mais certezas sobre nossos valores, na certa, não teríamos nos aproximado daquele rapaz em função dos animais. Teríamos, talvez, tentado ajudar e entender sua difícil realidade, sem ácidos e preconceituosos julgamentos. Teríamos, enfim, sido mais humanos e menos animalescos.

No fundo, ainda temos dificuldade de acreditar que as pessoas tenham princípios e valores, mesmo sem ter muito acesso aos "bens de consumo" que tanto enaltecemos, numa falsa associação que teimamos em cultivar.

Pois é. Falta sensibilidade e sobra preconceito em muitas das "principais" calçadas do nosso país.

Que esta experiência sirva pra reavaliarmos nossas condutas à luz de nossos próprios valores. Como tão bem fez o simples rapaz ao defender seus bichinhos, afastando-se de nós. 

A Forma Justa



"Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos — se ninguém atraiçoasse — proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
— Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo.

Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo."

(Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'O Nome das Coisas')

HOJE NA HISTÓRIA ...


No dia 5 de fevereiro de 1936, ocorre o lançamento de "Tempos Modernos", filme de Charles Chaplin. O filme faz uma crítica à sociedade industrial e seus desdobramentos, no auge da crise econômica mundial (pós-1929).
Além disso, aborda temas polêmicos na época, como alienação do trabalho e comunismo. A relação homem x máquina também vai ser destaque no discurso final do filme "O Grande Ditador" (1940), também de Chaplin.

Na imagem, cena clássica de Tempos Modernos, mostrando o ser humano dentro das engrenagens da fábrica.

'Vão roubar. E muito', diz Romário sobre obras da Copa

O ex-jogador e deputado federal Romário

O deputado federal Romário (PSB-RJ) tem, aos poucos, deixado de ser reconhecido apenas como uma celebridade que chegou à Câmara. Tornou-se um crítico ferrenho da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da organização da Copa do Mundo no Brasil. Com menos de 500 dias para o Mundial de futebol, o ex-artilheiro diz que o legado do torneio será insuficiente e afirma que a demora em algumas obras alimenta a corrupção. Ao site de VEJA, ele também falou do retorno de Luiz Felipe Scolari à Seleção e contou o que pensa sobre o argentino Lionel Messi, eleito o melhor jogador do mundo.

O senhor tem feito muitas críticas ao andamento das obras da Copa. Mas, recentemente, dois estádios já foram entregues. A situação melhorou? Pelo que eu tenho acompanhado através da Comissão de Esporte da Câmara e da minha assessoria, as obras que já estavam avançadas deram uma acelerada. Mas as que estavam atrasadas continuam atrasadas. Algumas, inclusive, não vão poder ser entregues porque não têm mais tempo suficiente – principalmente obras que se referem à mobilidade urbana, que seriam, na minha opinião, o maior legado dessa Copa do Mundo para o brasileiro. São obras de transportes, alargamento de rua, aeroportos, acessibilidade. Infelizmente, a Copa não vai ter o legado que deveria.

Os governos priorizaram os estádios e se esqueceram das outras obras? Acho que a ideia é entregar os estádios. E eu acredito que nem todos os doze estarão 100% na época da Copa do Mundo. Mas, em se tratando de brasileiros, a gente sempre dá aquele jeitinho. Então os doze serão entregues e, desses doze, quatro dificilmente terão vida própria - os estádios de Manaus, Cuiabá, Brasília e Natal. Vão servir para tudo, menos para jogo de futebol. Talvez, quem sabe, aproveitem em alguns dias do mês para fazer show porque vão ser arenas; mas, fora isso, esses quatro estádios para mim são micos.

Faltou planejamento ou execução? Eu acho que faltaram várias coisas. Faltou principalmente o governo, lá atrás, quando aceitou a Copa do Mundo, reconhecer que o Brasil tem muitos problemas para resolver, principalmente na saúde e na educação. O governo não poderia ter aceito algumas imposições da Fifa em relação, por exemplo, aos estádios e à Lei da Copa. O Brasil estava com vontade de sediar a Copa do Mundo e, para isso, em outras palavras, abriu as pernas. E o povo brasileiro, depois de 2014, vai pagar por isso.

Leia também: Sete gargalos para resolver antes da Copa do Mundo de 2014

O senhor acha que ainda virão à tona casos de corrupção envolvendo as obras da Copa? Isso aí eu não acho, eu tenho certeza. Muitas coisas erradas aparecerão. Muitas dessas obras, talvez 80% de todas que se referem à Copa do Mundo, estão atrasadas justamente para entrar naquele momento de obra de emergência, em que algumas não precisam de licitação e em outras a licitação não é como teria de ser. Esse é o momento de as pessoas roubarem. E muito.

Sendo tão crítico, o senhor pretende participar dos eventos ligados à Copa? Eu só vou onde me convidam. Se não me convidam, eu não vou.

E se convidarem? Dependendo de quem convida e para onde é, vai ser um prazer poder participar.

O que o senhor achou da escolha de Luiz Felipe Scolari para dirigir a seleção? No momento, é a melhor escolha que o Brasil poderia ter, principalmente porque ele vai estar junto do Carlos Alberto Parreira. São os dois últimos campeões do mundo com a seleção, treinadores que convocam sempre aqueles que eles entendem que são os melhores. Com certeza, o povo brasileiro – tanto os jogadores quanto o torcedor e a imprensa – tem um grande carinho e respeito por eles dois, principalmente pelo que eles fizeram nesses dois últimos títulos para o Brasil. Eu tenho certeza de que agora o Brasil tem muitas chances de melhorar bastante o seu nível de jogo.

O senhor ainda tem problemas com Scolari por causa da não-convocação na Copa de 2002? Não. Eu já estive com o ele duas vezes depois da Copa de 2002. A última foi no ano passado, em Fortaleza, e a gente conversou. Não tenho nada contra o Felipão. É claro que gostaria muito de ter participado daquele título, mas a vida é assim: nem sempre tudo o que a gente quer a gente consegue. As coisas já foram conversadas e eu desejo a ele muito boa sorte.




A imprensa, principalmente na Europa, especula se Lionel Messi pode ser comparado a Pelé. Mas ele já superou Romário? Com certeza ele ainda tem que passar por mim, pelo Ronaldo, e depois ele começa a pensar em Maradona e Pelé.

Mas o senhor vê esse potencial nele? Ele ainda tem tempo. A partir do momento em que começar a conquistar títulos com a camisa da seleção argentina, principalmente o da Copa do Mundo, ele pode com certeza ser colocado entre os cinco maiores jogadores de todos os tempos.

Por enquanto, as comparações são um exagero? O que ele vem fazendo com a camisa do Barcelona está bastante acima da média. Ele está fazendo o que ninguém conseguiu fazer. Mas, na minha opinião, o jogador precisa fazer não só no seu time, mas também na seleção, para ser completo. Não que ele não faça. Mas um título mundial é muito importante para o jogador ser considerado do nível de Maradona e Pelé. Tem que ter um título mundial.

Fonte: Veja 

Desiludido, Tiririca não irá mas se candidatar a Deputado novamente


Eu ainda tenho orgulho de ver pessoas que realmente são boas

Vai entender

,pois são os políticos que fazem nosso país crescer

Ricardo Noblat para Renan Calheiros: “Quem o senhor pensa que é para falar em ‘transparência’? Depois de ter feito o que fez no passado recente, que idiota acreditará em uma promessa dessa natureza?”


Jovens protestam contra Renan Calheiros enquanto ele passa em revista uma guarda de honra, na solenidade de posse como novo presidente do Senado (e, consequentemente, do Congresso Nacional): Noblat o aconselha a não viajar de avião de carreira, não frequentar shoppings, e nem disfarçado caminhar às margens do Lago Paranoá, em Brasília, sob o permanente risco de ser ofendido (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)


Artigo do jornalista Ricardo Noblat publicado hoje no jornal O Globo e também em seu prestigiado blog:

Conselhos que dou de graça ao recém-eleito presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Nada de voar em avião de carreira – a não ser para o exterior. E sob a condição de ser o último passageiro a embarcar na primeira classe, discretamente. Assim evitará o risco de ser ofendido pelos demais passageiros da econômica.

Pelo mesmo motivo, nada de frequentar shoppings. Em Maceió, talvez seja possível.

Cuidado redobrado quando estiver em Brasília. Aqui todo mundo conhece todo mundo. Nem mesmo disfarçado dá para bater perna à beira do Lago Paranoá.

Matricular-se em academias? Nem pensar. Lembre-se: Brasília sediou as maiores manifestações pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor em 1992. E do ano passado para cá, passeatas e comícios contra a corrupção.

De uma vez por todas, jamais esqueça: sua eleição foi uma bofetada forte na cara dos brasileiros. Daquelas que estalam.

A maioria deles pode nem ter sentido – mas foi. E a minoria que sentiu não deve ser subestimada. Ela é conhecida pelo nome de opinião pública. Quando desperta, é um alvoroço. A imprensa está sempre atenta a seus humores e costuma refletir o que ela pensa.

Não fale tanto em “transparência” como fez no seu discurso de posse.

“Vou administrar com transparência”. Ou então “vou criar a Secretaria da Transparência”.

Parece deboche. Galhofa. Zombaria.

Quem o senhor pensa que é para falar em “transparência”? Depois de ter feito o que fez no passado recente, que idiota acreditará em uma promessa dessa natureza?

Em maio de 2007, a imprensa descobriu que o lobista de uma empreiteira pagava a pensão e o aluguel do apartamento onde morava a jornalista Mônica Veloso, mãe de uma filha sua fora do casamento. O senhor alegou que tinha gado o bastante para justificar suas despesas. Apresentou farta documentação para comprovar o que dizia. Jurou por todos os santos ser inocente.

Mesmo assim o Conselho de Ética do Senado recomendou a cassação do seu mandato. E no dia 12 de setembro, o senhor escapou por pouco de ser cassado.

Dos 81 senadores, 40 votaram a seu favor, é verdade, mas 35 votaram contra e seis se abstiveram. Se os seis, todos eles do PT, tivessem acompanhado os 35, o senhor perderia o mandato e os direitos políticos por dez anos.

Oriente seus parceiros para não insistirem com a tese de que sua inocência foi reconhecida duas vezes pelo Senado – em setembro e depois em dezembro daquele ano quando novamente o senhor foi julgado.

O segundo julgamento não passou de um embuste. Absolveram-no por larga margem de voto. Em troca, o senhor renunciou ao resto do mandato de presidente do Senado.

Por que uma pessoa duas vezes inocentada renuncia ao que tanto desejaria conservar? Para ser deixado em paz, possivelmente. Para enterrar de vez o assunto.

Não deu certo.

A Polícia Federal investigou a fundo o rei do gado de Alagoas. E o Procurador-Geral da República acabou lhe denunciando por desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

“Em síntese, apurou-se que Renan Calheiros não possuía recursos disponíveis para custear os pagamentos feitos a Mônica Veloso (mãe da filha de Renan) no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006, e que inseriu e fez inserir em documentos públicos e particulares informações diversas das que deveriam ser escritas sobre seus ganhos com atividade rural, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, sua capacidade financeira”, disse Gurgel na denúncia.

Agradeça a Deus Todo Poderoso o fato de a denúncia ter caído no colo do afável ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que não terá pressa alguma em relatá-la.

Mas é recomendável proceder de forma a evitar a eclosão de novos escândalos – afinal, de 2001 para cá, eles derrubaram três presidentes do Senado, inclusive o senhor.

Sergio Buarque de Hollanda, um dos maiores historiadores brasileiros, e seu filho Chico Buarque de Holanda, músico, na década de 70

Foto: Sergio Buarque de Hollanda, um dos maiores historiadores brasileiros, e seu filho Chico Buarque de Holanda, músico, na década de 70. 

Sérgio Buarque de Holanda é o autor do clássico Raízes do Brasil. Seu filho, bem mais conhecido do grande público, além de ser considerado um dos maiores compositores e cantores do país, também possui uma sólida carreira literária, tendo escrito vários romances que foram sucessos de público e crítica, como Budapeste e Estorvo.

Em entrevista, Chico falou sobre o pai: "A partir da adolescência eu comecei a entrar no escritório dele, e a minha entrada foi pela porta da literatura. Ele não impunha nada, isso nunca. Mas a presença dele, daqueles livros todos, de certa forma despertavam curiosidade na gente. A maneira de eu me aproximar mais dele talvez tenha sido através da literatura. Então, já com meus 17 anos, não sei bem quando eu comecei a ler mais... Eu ia lá e perguntava. E ele me indicava isso, aquilo... A gente conversava, mas engraçado, nunca sobre História, que era a especialidade dele. E quando a gente perguntava alguma coisa sobre história era em função de trabalhos de escola. Mas ele era um péssimo professor pra gente, porque a gente precisava saber aquela coisa que se dava na escola. Ele entrava nos detalhes e se empolgava, entrava a fundo na matéria, de uma forma que pra gente não servia. Agora, na literatura, ele também sabia tudo e, comigo, o diálogo foi conquistante a partir desse momento. Eu comecei a me interessar. E me perguntei: eu estava mesmo interessado na literatura, ou interessado, através da literatura, em me afirmar diante do meu pai. Mas na literatura, você solicitando, ele foi um professor."

E ainda comentou sobre a amizade do pai com o poeta Vinícius de Morais: "Tem uma história muito boa entre os dois. Eles combinaram que quem morresse primeiro viria avisaria o outro sobre como era o outro lado. Logo depois da morte do Vinicius, meu pai ainda arrasado, disse ter visto o Vinicius do outro lado de uma porta de vidro lá de casa. Eles tinham a mania de trocar chapéus e Vinicius estava com um chapéu trocado. Meu pai, cheio de curiosidade, perguntou então a Vinicius como era o outro lado, e ele, rindo, fez um não com o dedo, como se dissesse: "Não conto"."

Fonte: jornadaonline
Texto de Diego Vieira
Administração Imagens Históricas

Sérgio Buarque de Holanda é o autor do clássico Raízes do Brasil. Seu filho, bem mais conhecido do grande público, além de ser considerado um dos maiores compositores e cantores do país, também possui uma sólida carreira literária, tendo escrito vários romances que foram sucessos de público e crítica, como Budapeste e Estorvo.

Em entrevista, Chico falou sobre o pai: "A partir da adolescência eu comecei a entrar no escritório dele, e a minha entrada foi pela porta da literatura. Ele não impunha nada, isso nunca. Mas a presença dele, daqueles livros todos, de certa forma despertavam curiosidade na gente. A maneira de eu me aproximar mais dele talvez tenha sido através da literatura. Então, já com meus 17 anos, não sei bem quando eu comecei a ler mais... Eu ia lá e perguntava. E ele me indicava isso, aquilo... A gente conversava, mas engraçado, nunca sobre História, que era a especialidade dele. E quando a gente perguntava alguma coisa sobre história era em função de trabalhos de escola. Mas ele era um péssimo professor pra gente, porque a gente precisava saber aquela coisa que se dava na escola. Ele entrava nos detalhes e se empolgava, entrava a fundo na matéria, de uma forma que pra gente não servia. Agora, na literatura, ele também sabia tudo e, comigo, o diálogo foi conquistante a partir desse momento. Eu comecei a me interessar. E me perguntei: eu estava mesmo interessado na literatura, ou interessado, através da literatura, em me afirmar diante do meu pai. Mas na literatura, você solicitando, ele foi um professor."

E ainda comentou sobre a amizade do pai com o poeta Vinícius de Morais: "Tem uma história muito boa entre os dois. Eles combinaram que quem morresse primeiro viria avisaria o outro sobre como era o outro lado. Logo depois da morte do Vinicius, meu pai ainda arrasado, disse ter visto o Vinicius do outro lado de uma porta de vidro lá de casa. Eles tinham a mania de trocar chapéus e Vinicius estava com um chapéu trocado. Meu pai, cheio de curiosidade, perguntou então a Vinicius como era o outro lado, e ele, rindo, fez um não com o dedo, como se dissesse: "Não conto"."

Fonte: jornadaonline
Texto de Diego Vieira
Administração Imagens Históricas