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terça-feira, 4 de setembro de 2012

A rã e o touro







(fábula de Esopo)



Pastava um touro enorme e forte, a beira d'água.

Vendo-o tão grande, a rã, cheia de inveja e magoa,

Disse: "Por que razão hei de ser tão pequena,

Que aos outros animais só faça nojo e pena?

Vamos! Quero ser grande! Incharei tanto, tanto,

Que, imensa, causarei às outras rãs espanto!"



Pôs-se a comer e a inchar. E ás rãs interrogava:

Já vos pareço um touro?" E inchava, inchava, inchava!

Mas em vão! Tanto inchou que, num tremendo estouro,

Rebentou e morreu, sem ficar como o touro.



Essa tola ambição da rã que quer ser forte

Muitos homens conduz ao desespero e à morte.

Gente pobre, invejando a gente que é mais rica,

Quer como ela gastar, e inda mais pobre fica:

— Gasta tudo o que tem, o que não tem consome,

E, por querer ter mais, vem a morrer de fome.

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