Em 2004, um incêndio destruiu 50 mil livros e deixou 62 mil obras seriamente danificadas. Um trabalho de recuperação do acervo está sendo considerado “milagre” da restauração.
A biblioteca na “capital dos clássicos”, terra dos poetas Johann Wolfgang Goethe e Friedrich Schiller, reabriu em 2007 suas portas após uma recuperação de seus salões em estilo rococó e de seu patrimônio bibliográfico.
Dos 62 mil livros danificados, só 28 mil foram recuperados. Na inauguração, voltou às estantes 50 mil volumes, entre os restaurados e os salvos das chamas. Até 2015, graças às mais avançadas técnicas de restauração, mais 10 mil devem voltar às prateleiras. O resto é irrecuperável.
A biblioteca da duquesa Anna Amalia continha volumes dos séculos XVI a XIX, conservava uma ampla amostra de originais de Shakespeare, e a maior coleção do mundo de edições de “Fausto”, com quase 3.900 volumes. Além dos livros, continha 2 mil manuscritos medievais e 8.400 mapas históricos. O acervo incluía coleções privadas de livros das famílias de Franz Liszt e Friedrich Nietzsche.
A Biblioteca Anna Amalia, tem um maravilhoso interior rococó dos tempos do barroco alemão.
A decoração interna coube aos pintores Kraus, Schmeller e Tischbein que fizeram os retratos dos grandes artistas de Weimar, enquanto bustos em mármore da duquesa, dos poetas Weiland, Goethe, Schiller e de Herder, colocados um ao lado do outro, davam um ar sagrado ao recinto: a Biblioteca Anna Amália era uma espécie de santuário da cultura universal.
O seu mais famoso convidado foi Goethe, homem cosmopolita, um gênio que, além das línguas modernas, dominava meia dúzia de idiomas antigos. Ainda que assumindo o pequeno teatro local, por igual encarregaram-no da biblioteca, sendo seu diretor de 1797 até a sua morte em 1832. Tornou esse local a Biblioteca Central dos Clássicos Alemães -, referência obrigatória para o mundo culto germânico, ao tempo em que o ducado de Weimar ganhou fama como a Atenas da Alemanha. Mais recentemente, a UNESCO promoveu a biblioteca a patrimônio da humanidade.
A biblioteca é especializada em literatura alemã do período entre 1750 e 1850. Ela abriga várias primeiras edições raras e a maior coleção mundial do Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe. O mais famoso poeta alemão dirigiu a biblioteca de 1797 até a sua morte, em 1832.
Localizada no Parque Belvedere, a residência ducal de verão, Schloss Belvedere (1761-6), possui acervo de arte decorativa do período rococó e uma coleção de veículos agrícolas.
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