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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Eu


Até agora eu não me conhecia,

julgava que era Eu e eu não era

Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.


Mas que eu não era Eu não o sabia

mesmo que o soubesse, o não dissera...

Olhos fitos em rútila quimera

Andava atrás de mim... e não me via!


Andava a procurar-me - pobre louca!-

E achei o meu olhar no teu olhar,

E a minha boca sobre a tua boca!


E esta ânsia de viver, que nada acalma,

E a chama da tua alma a esbrasear

As apagadas cinzas da minha alma!

Florbela Espanca 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A Luz

Ontem eu era criança
Que brincava nos delírios,
Ontem, hoje, amanhã
Entre murta, rosa e lírios,
No meio d’etéreos círios,
Nos brincos que a gente alcança;
Que sonho p’ra mim, que vida
Nas ânsias tão bem traída!
Que noites de tanta lida,
Nos gozos em que não cansa!
Hoje sou qual triste bardo
Cismando na virgem bela,
Nos meigos sorrisos dela;
Que, porém, já se desvela
Do futuro vir mui tardo!
— Pranteio na pobre lira,
Qual nauta que já suspira
Nas ânsias em que delira,
Nas chamas em qu’eu só ardo!

Amanhã serei no mundo
Perseguido em meu cansaço,
Sem já ter amigo braço
Que me ajude a dar um passo
Neste pego sem ter fundo;
Nem sequer a minh’amada
Se julgando mal fadada
Não virá mui namorada
Me mostrar um rir jucundo!

- Machado de Assis, em "A Luz", (1872). In: ASSIS, Machado. "Toda poesia de Machado de Assis".[Organização Cláudio Murilo Leal]. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008

O tributo em luz, um memorial do 11 de setembro, na noite de quarta-feira

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

As Férias do Poeta da Madrugada


31/08/2014

Olá, meu caro leitor que esta lendo esse poema,
Aqui é o Poeta da Madrugada,
Estou de férias,
De escrever poesias,
Minha inspiração acabou,
Preciso deixar minha inspiração aparecer novamente.

(03/09/2014)

Olho para um lado e pergunto cade você Poesia?
-Ela nada responde.
Olho para o outro lado e pergunto cade você Poesia?
- Ela nada responde.

Nisso fico assim, sem escrever nada,
Nisso fico assim, sem escrever uma poesia,
Nisso fico assim, sem escrever algo interessante.

Fico um dia sem escrever nada,
Fico uma semana sem escrever nada,
Fico duas, três semanas sem escrever nada,
Fico um mês sem escrever nada.

Estou de férias e nem sabia,
Nisso começo a ficar assustado,
Um mês e nada,
Tento fazer esse poema no dia 31/08/2014,
Estou no dia 04/09/2014 assim,
Tentando terminar esse poema.

Mas ao longo dos dias ela vai nascendo novamente,
E quando vejo,
Mais um poema feito.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

IX CHARAU LITERÁRIO

No dia 10 de setembro, às 20h, na Associação Vida Bem Vivida (Monte Azul Paulista -SP), em nosso IX CHARAU LITERÁRIO, teremos a honra de receber o escritor Alexandre Nobre de Ribeirão Preto. Com 2 livros premiados pelo PROAC - Programa de Ação Cultural - Secretaria de Estado da Cultura, além de 7 contos vencedores de concursos literários em vários estados do Brasil, Alexandre irá compartilhar conosco os seus conhecimentos sobre o Processo de Criação Literária. A entrada é gratuita. Contamos com sua participação para a valorização deste evento!

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Curtam minha página no Facebook

Como vocês sabem escrevo vários poemas e convido vocês à curtirem, minha página no Facebook:

Na página do Facebook só postamos poemas do Poeta da Madrugada 

O Poeta da Madrugada 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A Barcaça flutuante do livro de livraria, de Sarah Henshaw.

Em 2011 o navegado mais de 1000 km em 6 meses através de canais da Inglaterra e país de Gales.




Teste de DNA

Como sabemos no Livro Dom Casmurro de Machado de Assis, o personagem Dom Casmurro tem uma grande desconfiança que sua mulher Capitu tenha o traído com seu melhor amigo Bentinho.
Se na quela época existisse o teste de DNA poderíamos saber se a desconfiança dele ira concretizar ou não. 

domingo, 17 de agosto de 2014

Rua Direta (atual 1º de março)


Quando jovem, Machado viveu intensamente o Rio. Neste endereço, ele e os amigos faziam banquetes no Hotel Europa. Não raro, participavam atrizes portuguesas e cantoras francesas, pelas quais o escritor chegou a se apaixonar.

foto: Marc Ferrez (1890)