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quarta-feira, 27 de março de 2013

QUATRO HISTORINHAS DA ALEGRIA


"(...)Sim, ele era encrenca, das boas.
(...)Eu sabia o que estava fazendo, ele também: estávamos fazendo uma coisa errada.
(...) Gostei da luz, dos olhos dele. Gostei que estava me encantando, gostei de não poder me encantar e mesmo assim estar me encantando.
(...) Apesar de todo esforço, meu poder era uma ilusão. Apesar do desprendimento, eu me enganava o tempo todo.
(...)Nada de alegria, alegria. Ele fecha a porta e volta para sua vida real. Para os dois, porque ele não era egoísta: tristeza, tristeza.
(...) Alegria, alegria. Eu me implorava. E dá para sentir isso o tempo todo? Eu me cobrava tanto ser feliz que às vezes perdia a noção de que já era. Fugir da felicidade ou fugir com ela?
(...) Num ímpeto de tesão, ou talvez após um trabalho de consciência confusa que, por preguiça, acabava se decidindo impulsivamente, respondi ao e-mail dele: sim, senhor. Vamos para onde o senhor quiser, a hora que desejar e na posição que preferir.
Nem todas as histórias precisam ter virgens pálidas chorando às margens de um mar de espumas. Nem tudo precisa ser romance tuberculoso. Alegria, alegria.
(...)A felicidade, assim como a bebedeira, vai e vem. A felicidade, assim como o sexo, entra e sai. A felicidade, assim como ele, era impossível. Mas não é pra tentar ser feliz que a gente vive?"

Tati Bernardi

Canção do amor que chegou


Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim

Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim.

in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro".

Vinícius de Moraes

Ai de quem ama

Quanta tristeza
Há nesta vida
Só incerteza
Só despedida

Amar é triste
O que é que existe?
O amor

Ama, canta
Sofre tanta
Tanta saudade
Do seu carinho
Quanta saudade

Amar sozinho
Ai de quem ama
Vive dizendo
Adeus, adeus

Vinícius de Morais

Sombra de ipê rosa acolhe cavalos no Pantanal, em Mato Grosso, fotografados

Lifestraw é um filtro d'água

Lifestraw é um filtro d'água desenvolvido pela empresa suíça Vestergaard Frandsen para que uma pessoa possa filtrar água de modo que ela possa ser consumida com segurança. Um único tubo de Lifestraw pode filtrar até 1.000 litros de água, o suficiente para uma pessoa durante 1 ano. O filtro elimina 99,9999% de bactérias e parasitas transmitidos pela água.

Uma outra versão do Lifestraw é o "tamanho família" que filtra até 18.000 litros, suficiente para fornecer água potável para uma família de até 5 pessoas durante 3 anos. O Lifestraw foi desenvolvido para pessoas de países subdesenvolvidos ou em caso de crise humanitária. O Lifestraw foi distribuído no terremoto do Haiti em 2010, nas inundações do Paquistão em 2010 e nas enchentes da Tailândia em 2011.


Livro “Os Vários Sabores do Café”

“Os Vários Sabores do Café” é o terceiro romance de Anthony Capella – autor de ‘O alimento do amor’ e ‘O oficial dos casamentos’ – publicado pela Editora Record.

A trama, que se passa no séc. XIX, conta a história de Robert Wallis, um jovem poeta e boêmio de 22 anos, que é empregado por Samuel Pinker, importador e distribuidor do ‘ouro verde’, para aliar seu paladar à sua habilidade com as palavras, a fim de compor um ‘vocabulário do café’.
Wallis viaja até a África, em busca do lendário café moca, e lá conhece Fikre, a sedutora escrava de um poderoso comerciante da região, que faz o jovem criar uma nova perspectiva sobre o amor.

Poema

O APITO DO TREM



Quando o trem chegar...
Embarcarei,
sem medos tolos.
Vou enfrentar,
o tal destino,
de peito aberto.
Meu sorriso,
sempre orvalhado,
será franco.
Fundamental é...
deixar falar,
deixar chorar, deixar rolar.
O íngreme sonho...
já foi sonhado.
Pelo caminho da vida,
perdi e achei.
Deixei pedaços pelas curvas,
inalei fumaças,
arranquei suspiros,
dediquei-me em vão,
ganhei aplausos...
Hoje,
longe do que era outro dia,
desprezei a ânsia da pressa.
Quero viver a espera
em plena calmaria.
Sentei, em frente ao futuro,
com as mãos estendidas
e,
guardei meu passado numa caixa de jóias.
Tomei o calmante da certeza.
Aguardo, anestesiada...
o apito do trem.

JULENI ANDRADE

NA ESTAÇÃO


Com meus pedaços despedaçados,
entre o eu e o meu,
quero a força de vontade.
Mas,
escapa por entre meus preguiçosos delírios.
Sou a fera amansada pela distração,
sou a paciência do sorriso,
impaciência do desejo...
Enquanto penso, penso que faço.
De fato... faço, enquanto penso.
Vivendo do possível...
E, o quase impossível rondando.
Sou a que vive a espreitar o horizonte
com os olhos lacrimejando.
Tenho a forma da espera,
a esperar o ato.
Na estrada, cheia de obstáculos,
contorno meu tempo...
afagando-me com palavras otimistas.
Se sofro, quem não sofre?
Se peno, há de valer!
Destino ou acaso...
estarei na estação... o trem há de passar.

JULENI ANDRADE

Humor