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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Entrevista com a Escritora C. Vieira da Editora PenDragon

Autora C. Vieira

O Blog Amor à Literatura e à Educação teve orgulho de entrevistar a Escritora C. Vieira, autora do Livro "Tempo Turquesa" da Editora PenDragon. Que aceitou responder nossas perguntas.

Hoje conheceremos um pouco mais sobre ela e seu amor pela literatura. 
Perguntas:

1-O que levou você a ser escritora?
Res: Primeiramente, olá pessoas, tudo certo? Espero que sim! 
Respondendo sua pergunta: um conjunto de fatores, para ser honesta: eu tive uma professora de português que também era escritora e que eu admirava muito. Mas eu nunca achei que seria possível, por causa da desvalorização da literatura e da literatura nacional no nosso país.
Então, quando eu tinha por volta de quatorze anos, eu li meu primeiro romance (e, não, não foi Crespúsculo): Fallen, da autora Lauren Kate. Eu devorei os três livros que tinham lançados em menos de uma semana e fiquei ávida por mais, para saber mais e querer mais. Nessas pesquisas desenfreadas, eu encontrei uma entrevista dela falando de conselhos para novos autores e ela falou aquele velho clichê de “não desista nunca se esse for seu sonho”.
Apesar de ser um clichê, mexeu bastante comigo (risos) e, desde aquela época, eu nunca mais parei de escrever tudo que eu tinha na cabeça: poemas, contos, crônicas e os primeiros rascunhos do que seria a tentativa de uma série que eu rasguei e joguei fora... Estava realmente horrível!

2- Qual ou quais livros você já publicou? 

Res: Atualmente, eu lancei o TT, pela Editora PenDragon, e estou participando da antologia Contos de Natal, da Editora Lura, mas não quero parar por aqui não!

3- Qual personagem é seu favorito ? Porquê?

Res: Essa pergunta é muito difícil! Dentre os livros que já li, eu não posso dizer que tenho um favorito, porém dois se destacam para mim: o Simon, Os Instrumentos Mortais, e o Cameron, Fallen, são os dois personagens que me atraem por inúmeros motivos, principalmente a personalidade e estilo (mesmo que o Simon seja meu crush literário por gostar de RPG como eu).
Do meu livro, eu posso dizer que amo o Noah: ele é um personagem que eu nem tinha a intensão de criar no começo da história; mas, quando ele veio, parece que um novo mundo se abriu para mim durante a escrita do livro e eu me apaixonava cada vez mais pelo seu desenvolvimento e seu jeito. Como personagem, ele é o que mais me deixa feliz por ter sido criado (e bate um orgulhinho de ter sido eu quem o criou).

4- O que te inspira a escrever?

Res: Eu não tenho uma coisa específica que me inspira, depende muito do meu humor e também da minha cabeça. Tem dias que eu sento diante do computador e não sai nada e tem vezes que eu preciso escrever no celular porque as ideias estão fluindo maravilhosamente bem.
Porém, eu gosto de dizer que eu tenho um “Ritual da Inspiração”: eu fico diante do computador, coloco uma trilha sonora de algum anime/jogo que eu gosto, respiro fundo algumas vezes e deixo que minha imaginação trabalhe em torno de alguma ideia que já tive.
TT foi quase inteiramente escrito ao som das trilhas de Undertale e Cavaleiros do Zodíaco e, principalmente nas cenas de luta, posso dizer que essas trilhas foram as que mais me inspiraram e ajudaram a fazer algo que fosse, para mim, realmente bom e proveitoso.

5- Quais são seus escritores favoritos?

Res: Essa entrevista quer acabar comigo (risos). Entre os autores internacionais eu jamais poderia deixar de falar sobre o autor de Le Petit Prince, Antoine de Saint-Exupéry, que escreveu uma verdadeira obra-prima: uma obra imortal e atemporal que mexe com qualquer pessoa. É humanamente impossível terminar de ler este livro e não se sentir completamente cativado por ele (obrigada, raposa!).
E eu tinha que citar um autor nacional que além de muito talentoso é um amigo muito querido: Julius Brenig, escritor de Três Desejos. Eu li alguns dos contos e outras coisas que ele escreve como “reader beta” e, por favor, deem um oscar para esse homem, porque o talento dele deve ser reconhecido em todo o país. Sua escrita tem charme, é sutil e ela toca seus sentimentos como se exigisse que você os coloque para fora. Eu preciso dizer que a obra dele é impressionante e eu o admiro muito como pessoa e escritor.

6- Pretende lançar novos livros?

Res:Sim!!! Ideias estão borbulhando dentro de mim para duas ideias que tenho atualmente: tanto uma possível continuação de TT e também um projeto novo que envolve algumas ideias que deixei para trás, mas que achei que poderiam se dar bem juntas.

7- O que a literatura representa para você?

Res: Em uma única palavra: liberdade!

 8 - O que você diria para alguém que quer lançar um livro hoje?

Res: Acho que o clichê do “não desista” é muito óbvio (risos), então eu vou dizer algumas coisas que eu queria que tivessem me avisado quando resolvi ser escritora: não faça pelo dinheiro, não faça pela fama e nem pelo reconhecimento. Muitos autores escrevem livros incríveis e nem são lembrados, sejam nacionais ou não, e nós, autores nacionais, sofremos muito mais pela falta de reconhecimento dentro do nosso próprio país, o que é triste, contudo, realidade.
Mesmo com isso, você precisa ter em mente um objetivo claro e se esse objetivo é colocar uma história nas livrarias, seu desejo não deve ser abalado pela realidade, mesmo que necessite ser realista: você precisa ser crítico consigo mesmo; pensar se aquela obra é algo que você leria; pensar o quanto daquilo é original (mesmo que, atualmente, seja impossível fazer algo 100% original); precisa ser teimoso, persistir e não pode se frustrar por não conseguir algo, não se deixe levar pelas coisas que você não conseguiu, levante-se e tente mais uma vez até que você consiga.
É de extrema importância que você entenda o quanto o mercado é cruel e o quanto as mídias influenciam no que você vê e, também, no que você compra. Então, entendendo tudo isso, fica um 
pouquinho mais fácil tentar lutar contra e também fazer o seu melhor nessa selva que vivemos.
Óbvio que existem momentos de glória e felizes que pessoas dirão: “sua obra é incrível” ou “sua história me inspira”; todavia, virão aqueles que dirão “sua obra é um lixo” ou “você deveria parar com isso”. Por isso, saiba ser humilde ante elogios e também filtrar as críticas, ignorando e não sofrendo por comentários que estão ali só para te inferiorizar.
Acho que são conselhos para vida, de certa forma (risos).


Essa foi a entrevista do Blog com a escritora C. Vieira da Editora PenDragon.

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