O escritor, jornalista, roteirista e professor João Ubaldo Ribeiro nasceu na cidade de Itaparica, na Bahia, na residência do seu avô por parte de mãe, no dia 23 de janeiro de 1941. Neste local ele viveu muitos momentos de sua infância, ao lado do pai, o ilustre advogado Manuel Ribeiro, criador e coordenador da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Salvador; da mãe, Maria Filipa Osório Pimentel e dos irmãos Sônia Maria e Manuel.
Aos seis anos o menino já iniciou sua educação, junto a um mestre particular, por insistência do pai, que ansiava por ver seus filhos alfabetizados. Depois de aprender as primeiras letras, ele prossegue sua formação no Instituto Ipiranga, preenchendo seu tempo com leituras constantes, tornando-se assíduo leitor de Monteiro Lobato. Em 1951 ele se matricula no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, em Aracaju. Neste período seu pai havia assumido o posto de chefe da Polícia Militar e, sob intensa coação política, é obrigado a se mudar para Salvador com a família.
Nesta cidade o jovem ingressa no Colégio Sofia Costa Pinto, seguindo depois, em 1955, para o nível clássico no Colégio da Bahia. Aí ele conhece o futuro ícone do Cinema Novo, Glauber Rocha, que se torna seu amigo. Em 1958 ele principia seu Curso de Direito, na Universidade Federal da Bahia, seguindo os passos paternos. Simultaneamente aos seus estudos jurídicos, ele inicia sua jornada jornalística, publicando ao lado de Glauber Rocha diversos veículos e periódicos culturais, ao mesmo tempo em que tem participação ativa nos movimentos estudantis do final dos anos 50.
Ele estréia oficialmente no jornalismo em 1957, atuando como repórter no Jornal da Bahia, e algum tempo depois se torna editor-chefe da Tribuna da Bahia. Apesar de se graduar em Direito e se especializar em Administração Pública, nunca chegou a exercer este ofício. Hoje, no campo jornalístico, ele escreve para O Globo, Frankfurter Rundschau, da Alemanha, Jornal da Bahia, Diet Zeit, também alemão, The Times Literary Supplement, veículo inglês, O Jornal e Jornal de Letras, ambos de Portugal, O Estado de São Paulo, A Tarde, e vários outros.
Ele se casa pela primeira vez em 1960, com Maria Beatriz Moreira Caldas, de quem se separa nove anos depois. O escritor viaja constantemente para outros países, a princípio para completar seus estudos, depois como mestre convidado por instituições internacionais, as duas vezes nos Estados Unidos; posteriormente, enquanto jornalista e escritor, para Portugal e Alemanha. Em 1969 ele contrai matrimônio novamente, desta vez com a historiadora Mônica Maria Roters, que lhe dá duas filhas. Esta união tem seu fim em 1978. Em 1989 ele se une a Berenice Batella, união que tem como frutos dois filhos, Bento e Francisca.
João Ubaldo tem seus textos publicados em algumas coletâneas, antes de lançar sua primeira obra, Setembro Não Tem Sentido, em 1968. Três anos depois ele conquista seu primeiro prêmio, o famoso Jabuti, por sua segunda publicação, o conhecido Sargento Getúlio, de 1971. Ele também se torna famoso por seus trabalhos como roteirista, adaptando para o cinema e a televisão não só algumas de suas obras, mas também criações alheias.
Integrante da Academia Brasileira de Letras, João Ubaldo é um dos mais famosos e significativos autores brasileiros da era contemporânea, escritor de Viva o Povo Brasileiro, um clássico da literatura brasileira, lançado em 1984, que já vendeu pelo menos 120 mil volumes. Entre os vários prêmios e honrarias que conquistou, ele obteve uma das maiores premiações do idioma português, o Prêmio Camões de 2008.
João já lançou mais de 15 livros, vertidos para 16 idiomas, entre eles O Sorriso do Lagarto, de 1989, A Casa dos Budas Ditosos, de 1999, obra controversa, censurada em algumas instituições, além dos clássicos já citados.
Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/João_Ubaldo_Ribeiro
http://www.klickescritores.com.br/jubaldo00.html
http://www.klickescritores.com.br/jubaldo00.html
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