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segunda-feira, 19 de março de 2012
População já critica reajuste de medicamentos autorizado pelo Governo
Reajustado em 5,85% a partir de 31 de março, de acordo com resolução da Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), publicada hoje no DOU (Diário Oficial da União), consumidores já acham absurda a idéia de aumentar ainda mais o preço de medicamentos.
“Tenho gasto mensal de R$ 200 na compra de remédio de alergia, coluna, bronquite, além do xarope Histamin, que é necessário por conta de um problema no lábio que a minha filha possui. Já ganho um salário mínimo e não recebo os medicamentos do SUS (Sistema Único de Saúde), então sinceramente vai ser difícil continuar sobrevivendo com esses aumentos”, afirma a cozinheira Silvia Regina Franco, 37 anos.
Contra o reajuste, a cabeleireira Ana Beti da Silva Lima Guimarães, 49 anos, afirma que a filha faz uso de medicamento controlado e que qualquer aumento reflete diretamente em sua vida. “O governo além de não oferecer certos medicamentos, ainda autoriza o reajuste anual. Não adianta de nada aumentar um pouco o salário para enganar o povo”, alega Guimarães.
Apesar de não verificar preços e sim o profissional farmacêutico, o CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), afirma que o superfaturamento de remédio ocorre e que o governo deveria realizar um estudo para depois pensar em reajustes.
“Todo o impacto com relação a preços interfere no consumidor. É óbvio que as indústrias têm o direito de lutar por aumento, mas os remédios já são vendidos por preços muito mais caros do que deveriam. Os remédios de ‘marca’ são ainda mais superfaturados do que os manipulados ou os genéricos e, se fosse realizado um estudo pelo governo, os remédios na verdade deveriam estar 50% abaixo do preço atual”, avalia o presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão.
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