Depois de um 2011 entregue às compras, este ano será de cautela entre os consumidores brasileiros. É isso que aponta o estudo O Observador, realizado pela Cetelem/BGN, que apresentou hoje a radiografia do consumidor brasileiro. “A intenção de compra da população demonstra cautela, embora isso não signifique que deixaremos de gastar. Apenas teremos mais cuidado, não tendo o mesmo nível de gastos registrado em 2011”, disse o diretor presidente da Cetelem/BGN, Marcos Etchegoyen. Ele apresentou nesta manhã, em São Paulo, a sétima edição da pesquisa, realizada em 13 países.
A pesquisa apresenta a população brasileira em recortes de classe social e região. No critério “intenção de compras”, que observa o desejo e possibilidade do brasileiro adquirir produtos e serviços neste ano, nenhum item registrou aumento. No caso da categoria viagens/lazer, apenas 25% dos entrevistados disseram pretender adquirir esses serviços, contra índice de 32% na pesquisa do ano passado. Sofreram redução também itens como móveis, eletrodomésticos, celulares e automóveis, mantendo-se estáveis apenas os equipamentos esportivos e motocicletas.
Realizada desde 2005, a pesquisa mostra que 63,7 milhões de brasileiros subiram de classe social entre 2005 e o ano passado. A classe C brasileira passou a somar 103 milhões de habitantes, contra os 62,7 milhões de 2005, transformando a famosa “pirâmide populacional” em um losango. “Hoje são 42 milhões de brasileiros nas classes A e B, 103 milhões na classe C e 45 milhões nas classes D e E”, anunciou o vice-presidente da Cetelem/BGN, Miltonleise Carreiro Filho. Entre os destaques apresentados por ele estão o aumento em 29% dos gastos dos brasileiros, em 2011, com empregados domésticos, frente à redução em 17% dos gastos com educação. Os principais gastos da classe C, em 2011, foram com supermercado, prestações domiciliares e aluguel, nessa ordem. A pesquisa completa pode ser encontrada no blog http://oobservadorbrasil.blogspot.com.
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