Cientistas descobriram na China vários fósseis de uma nova espécie humana que terá vivido há cerca de 11 mil anos.
O estudo publicado na revista científica norte-americana PLoS revelou que estes ossos têm características diferentes, uma mistura de traços humanos arcaicos e modernos.
Segundo a AFP, os cientistas não têm uma ideia clara sobre a que árvore genealógica da evolução humana é que pertencem, apesar de terem sido descobertos quatro crânios e vários outros ossos.
«Estes novos fósseis poderiam ser de uma espécie até agora desconhecida, uma que sobreviveu até ao final da Era do Gelo há cerca de 11 mil anos», revelou à AFP, Darren Cumoe, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália.
O pesquisador acrescentou ainda: «Também poderiam descender das tribos de humanos modernos desconhecidos até agora, que emigraram da África muito antes e que não contribuíram geneticamente a populações modernas.»
Os cientistas australianos, chineses e norte-americanos estão, ainda assim, cautelosos em relação à classificação destes fósseis, devido ao incomum mosaico de características anatômicas que revelam.
O grupo de pesquisadores acredita que o «povo do veado vermelho» possa ter sido contemporâneo dos humanos modernos do começo da agricultura na China. Outra das possibilidades é que os fosseis pertençam a uma nova linha evolutiva que tenha existido em paralelo com a nossa espécie.
Os fosseis foram encontrados entre 1979 e 1989, mas só começaram a ser estudados em 2008. Esta espécie que viveu na idade da pedra é apelidada de «povo do veado vermelho» porque alegadamente caçavam veados vermelhos, agora extintos.
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