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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Entrevista com a Escritora Manuela Marques Tchoe autora do Livro Ventos Nômades

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Escritora Manuela Marques Tchoe
O Blog Amor à Literatura e à Educação teve a honra de entrevistar a Escritora Manuela Marques autora do Livro Ventos Nômades, que já teve seu livro divulgado pelo Blog  "Primeiras impressões do Livro Ventos Nômades da Editora PenDragon". Hoje saberemos um pouco mais do livro e da autora que aceitou ser entrevistada pelo Blog.



Perguntas

1- O que te inspirou a escrever o livro Ventos Nômades?

 Ventos Nômades veio da ideia de construir histórias a partir das minhas viagens e minha experiência de morar longe do Brasil. Eu moro na Alemanha há bastante tempo e tive a oportunidade de viajar pelo mundo, então é claro que passei por algumas situações nesses lugares, às vezes uma dificuldade, às vezes algo engraçado, ocasionalmente batalhas e discussões sobre diferenças culturais. Também tive relacionamentos com estrangeiros, então passei por algumas situações mais exóticas... Como imigrante, sente-se na pele a questão de não se sentir em casa em lugar nenhum, justamente esse sentimento nômade. Com esse livro, eu quis mostrar essas sensações de viver longe, do desejo de viajar, dos amores multiculturais, de descobertas. De auto descobertas também. Quantas vezes numa viagem nos permitimos ver a vida com outros olhos? Enfim, histórias que contam com diferentes culturas como pano de fundo sempre foram minhas preferidas; então por que não criar algo nesse estilo? Daí começou a ideia de escrever contos, cada um explorando um lugar ou cultura diferente.

2- Teve algum personagem inspirado em alguém que você conhece?

Alguns personagens e histórias são baseados na vida real – a minha própria ou de pessoas queridas. Por exemplo, Meia-noite na Fronteira, conta a história de uma viajante que conhece uma turca numa viagem de ônibus entre a Bulgária e a Turquia. Esse conto é baseado na experiência de uma viagem minha com uma amiga. Quando chegamos na fronteira entre esses dois países, a polícia búlgara não deixou minha amiga entrar no país porque ela não tinha um visto de trânsito. Ela precisou retornar a Istambul no meio da noite. Foi um senhor perrengue, mas foi uma boa história para Ventos Nômades.


3- Qual foi sua sensação de lançar o livro? 

É indescritível! É uma sensação maravilhosa ver o seu livro impresso e, principalmente, receber o feedback dos leitores, como alguns se emocionaram ou se inspiraram com os contos. Independentemente do gênero, o escritor sempre quer passar uma mensagem aos leitores, poder inspirar. E isso não tem preço!


4- O que o livro busca mostrar ao leitor?

Ventos Nômades tem como tema explorar o mundo, viver num lugar diferente, sentir culturas distintas. Eu exploro esse conflito entre a curiosidade de ver o novo, o exótico, mas de eventualmente desejar voltar para casa, que é algo vivido por mim nos últimos treze anos, desde que saí do Brasil. Cada conto tem a sua própria forma de mostrar esse sentimento de constante mudança. Alguns contos exploram o amor de pessoas de culturas diferentes e os conflitos que essas diferenças geram. Outros falam sobre redescobertas pessoais, choque cultural e por que agarrar a vida com todas as forças. O pano de fundo do livro são lugares diversos, mas é a jornada humana de jogar-se no mundo que procuro mostrar em Ventos Nômades.


5- Você pretende lançar novos livros baseados em Ventos Nômades?

Sim; planejo transformar o conto Tempestade de Areia em um romance. E talvez fazer uma nova coletânea de contos no mesmo estilo. Acredito que o tema de explorar o mundo e de autodescobertas dá muito pano para manga. 


6- Em Ventos Nômades tem algum personagem que você gostou se tiver qual? 



Tenho diversos personagens que gosto muito, mas principalmente gosto da personagem de Quando deixei me levar pelo abraço do mar. Esse conto fala de uma americana à beira da morte que decide viver seus últimos dias viajando. Ela se apega à vida de todas as formas possíveis. E acredito ser esse um aprendizado para todos nós. 


7- O que a literatura significa para você?

Sempre fui uma leitora voraz; estar entre livros sempre fora uma paixão. Mas escrever trouxe a literatura como algo que faz parte de mim, algo que me faz mais feliz. Hoje em dia, eu não consigo viver sem a escrita. 


8- O que o leitor pode esperar do livro Ventos Nômades?

Viajar, entregar-se ao mundo sem grandes amarras, seguir um caminho e descobrir algo inesperado é, eventualmente, transformar perdas em achados. É isso que eu exploro em nesse livro de contos e que continuarei explorando nas minhas próximas obras. Desejo a todos uma linda viagem nas páginas de Ventos Nômades!

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Essa foi à entrevista com a escritora Manuela Marques Tchoe para o Blog Amor à Literatura e à Educação.

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