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sexta-feira, 25 de maio de 2012
Mercadante afirma que Enem 2012 terá custo maior ao governo
O ministro da Educação, Aloizio Mercadanteafirmou, nesta sexta-feira (25), que as mudanças feitas pelo MEC (Ministério da Educação) na edição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012, para garantir melhores mecanismos contra fraude e um sistema mais justo de correção, vai acarretar em um custo maior para o governo, principalmente por causa da contratação de mais funcionários para trabalhar na aplicação e correção das provas.
Em 2011, o exame custou R$ 238,5 milhões para ser produzido. O orçamento para fazer a edição 2012 ainda não foi divulgado. "Vai ter um aumento de custo principalmente porque nós aumentamos o rigor da fiscalização e, sobretudo, o aumento nos corretores", disse Mercadante em frente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), após gravar o programa Bom Dia, Ministro, em Brasília. O número vai aumentar 40%, segundo ele, de 3 mil para 4.200 corretores.
Ele afirmou, porém, que o aumento dos gastos é justificado. "É um custo muito menor do que os erros que nós podemos ter", afirmou. Segundo o ministro, o MEC vai divulgar em julho o manual de orientação aos candidatos sobre a redação do exame, que terá as inscrições abertas na próxima segunda-feira (28). saiba mais
O manual servirá como guia para que os candidatos entendam as mudanças no sistema de correção da redação. A partir deste ano, a redação será corrigida por dois corretores de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. A nota final é composta de cinco notas, que avaliam competências específicas do candidato.
A nota final corresponde à média aritmética simples das notas atribuídas pelos dois corretores. Caso haja discrepância de 200 pontos ou mais na nota final atribuída pelos corretores (em uma escala de 0 a 1.000), ou de 80 pontos ou mais em pelo menos uma das competências, a redação passará por um terceiro corretor, em um mecanismo que o Inep chama de "recurso de oficio". Se a discrepância persistir, uma banca certificadora composta por três avaliadores examinará a prova. Os candidatos poderão solicitar vistas da correção, porém não poderão pedir a revisão da nota.
Outra novidade na redação é o acesso dos candidatos à correção da prova. "Fizemos um acordo na Justiça para que todos os alunos tenham acesso à redação após o exame, para que cada um receba [a prova] para fins pedagógicos", disse Mercandante.
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