A literatura mexicana tem um importante lugar na cultura e na história do México. Faz parte da Literatura latino-americana.
No período pré-colombiano, o escritor mexicano mais conhecido foi o rei-poeta Nezahualcóyotl.
Durante o período colonial duas figuras sobressairam: Soror Juana Inés de la Cruz (1651–1695), uma freira que escreveu muitos poemas e ganhou fama pela sua defesa dos direitos das mulheres, e o dramaturgo Juan Ruiz de Alarcón.
O modernismo de língua castelhana é introduzido por José Juan Tablada, precursor de vanguardas que só irão surgir no início do século XX, com o Estridentismo.
Durante a Revolução Mexicana o mais famoso escritor foi Mariano Azuela.
Na década de 1950, Juan Rulfo produziu um romance que pode ser comparado às grandes obras da literatura universal, chamado Pedro Páramo.
Nas últimas décadas vários escritores mexicanos têm ganhado popularidade no México e fora do país. Entre eles, Octavio Paz, Salvador Elizondo e Carlos Fuentes.
No Norte do México tem crescido uma literatura própria, sobre os conflitos na fronteira com os Estados Unidos e a delinqüência. Luis Humberto Crosthwaite é um destes escritores.
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sábado, 26 de janeiro de 2013
O idioma Inglês
Quem são os mais populares escritores britânicos?
O dramaturgo William Shakespeare (1564 - 1616) e do romancista Charles Dickens (1812 - 1870) permanecem dois dos escritores britânicos mais famosos em todo o mundo.Além das 35 obras que serão conhecidos, Shakespeare escreveu 154 sonetos e às vezes pequenas ações realizadas suas próprias obras (é conhecido por ter representado o Espírito em "Hamlet". Seus melhores trabalhos incluem "Romeu e Julieta", "o Rei Lear "," Hamlet "e" Sonho de uma Noite de Verão ".
Dickens começou a sua carreira de escritor como jornalista e todos os seus romances foram publicados em revistas como a série. Muitas de suas obras injustiça século XIX, as instituições sociais e as desigualdades entre ricos e pobres. Seus trabalhos mais famosos incluem "Oliver Twist", "A Christmas Carol" e "David Copperfield".
Os romances de Jane Austen (1775 - 1817) é conhecido por sua sutileza de observação e ironia, junto com sua visão penetrante da vida provinciana da classe média no início do século XIX. Seus trabalhos incluem "Emma", "Orgulho e Preconceito" e "Razão e Sensibilidade" (todos recém dramatizada em cinema e televisão e aclamado pela crítica).
As irmãs Brontë , Charlotte (1816-1855), Emily (1818-1848) e Anne (1820-1849) eram três mulheres talentosos romancistas do século XIX, cujos trabalhos são considerados um clássico.Charlotte é conhecida por seu romance "Jane Eyre" e Emily para "Wuthering Heights". Os dois romances apresentam fortes, heroínas independentes.
Ficção contemporânea ilustre Muitos receberam o Prêmio Booker, atribuído anualmente ao melhor romance publicado no Reino Unido. Os romances devem ser escritos em Inglês por um cidadão do Reino Unido, a Commonwealth ou da República da Irlanda.
O vencedor do Booker Prize 1999 foi JM Coetzee para 'Desonra' seu romance.
Bernice Rubens é um escritor galês-judeu que cresceu em Cardiff contemporânea. Ele recebeu muitos prêmios por seus romances.
James Kelman é um escritor escocês líder contemporâneo cujos escritos eco das rimas dialeto Glasgow.
No momento, o grande livro lido por jovens de todo o mundo é a saga de Harry Potter, a história de um menino bruxo criado por JK Rowling romancista.
Um dos poetas mais populares ingleses é notável porque seu trabalho tem sido transcritas, publicado, lido e comentado continuamente desde sua morte. Não é porque você viveu mais de 600 anos atrás é surpreendente. Ele é Geoffrey Chaucer (1345-1400). Seu melhor trabalho é "As Lendas de Canterbury", uma coleção de histórias sobre um grupo de peregrinos que se dirigiam ao santuário de São Thomas Becket em Canterbury. Chaucer foi enterrado na Abadia de Westminster.
Outro poeta popular contemporânea Seamus Heaney nasceu na Irlanda do Norte. Seus primeiros poemas refletem a vida rural e trabalho pode ser encontrado em irlandês e da coleção "Morte de um naturista" (1966) e "invernantes Out" (1972). Sua linguagem é muitas vezes pesado, fazendo uso do conjunto de consoantes e monossílabos.
Biografia de Rousseau (1712-1778)
"Newton do mundo moral" (Kant), um dos precursores da Revolução Francesa, Jean Jacques Rousseau, alheio à ideia de progresso no século do Iluminismo, defende a tese oposta: o homem nasceu bom, mas as ciências e a desigualdade o distanciaram desse estado natural.
Oriundo de uma família huguenote francesa de relojoeiros instalada em Genebra, órfão de mãe, criado por um pastor, tornando-se muito cedo aprendiz em uma gravador, Rousseau deixa Genebra para se aventurar pelo mundo em 1728. Sucessivamente lacaio, seminarista e professor de música, instala-se na propriedade de Charmettes, em Chambéry, residência da Sra de Warens (1732-1740), depois viaja a Paris (1741) onde compõe uma ópera, conhece Voltaire e Diderot e escreve sobre a música para a Enciclopédia.
Sua obra Discurso sobre as ciências e as artes (1751), que vai de encontro à opinião geral, torna-o famoso (1751). Seu próximo livro, Discurso sobre a origem da desigualdade entre os Homens (1755), questiona a propriedade. Resposta ao artigo Genebra, de Alembert, sua Carta a Alembert sobre os espetáculos, um apelo contra o teatro, faz com que se desentenda com os enciclopedistas. Depois dessa carta, publica suas três obras-primas: o romance A nova Heloísa, Do Contrato Social, cuja ambição é servir de base para a criação de um direito político que garanta a todos a liberdade e a igualdade, e seu tratado Emílio, ou da Educação. Com As Confissões e Os devaneios de um caminhante solitário, obras póstumas, Rousseau cria o gênero literário autobiográfico.
Os Caminhos de Santiago de Compostela em França
Para chegar a Espanha, os peregrinos de Santiago de Compostela podem seguir quatro itinerários que atravessam França. Nestas vias históricas foram construídos numerosos monumentos para acolher os peregrinos; caminhos e edifícios constituem um dos primeiros itinerários culturais europeus reconhecidos pelo Conselho da Europa, em 1987, estando inscritos como património mundial da Unesco desde 1998.
Na Idade Média, um grande número de peregrinos católicos vindos de toda a Europa encontram-se no célebre santuário de Compostela, situado na extremidade ocidental da Península Ibérica, na Galícia, com o intuito de venerar o relicário do apóstolo Santiago.
Os quatro caminhos
Para chegar ao santuário, são numerosos os peregrinos que atravessam França. “As necessidades espirituais e físicas dos peregrinos foram satisfeitas graças à criação de um certo número de edifícios especializados, em que muitos foram criados ou posteriormente desenvolvidos sob as secções francesas”, de acordo com o sítio Web da Unesco.
Paris, Vézelay, Le Puy e Arles
As vias francesas de peregrinação, descritas no seu «guia do peregrino» por Aimeri Picaud, monge de Poitou do Séc. XII, são as de Paris, Vézelay, Le Puy e Arles. São conhecidas pelas seguintes denominações: a Via Tolosana (ou via de Toulouse, que parte de Arles), a Via Podiensis (que parte de Puy e atravessa especialmente Cahors), a Via Lemovicensis (ou via limusine, que passa por Vézelay, Perigueux…) e a Via Turonensis também denominada o “Grande Caminho” (que parte de Paris e passa por Tours, Bordeaux).
As vias de Paris, Vézelay e Puy reúnem-se no País Basco, junto aos Pirenéus e, após transpor a fronteira, formam o caminho de Navarra. Em Espanha, em Puente la Reina, a via de Arles une-se ao Caminho de Navarra para formar o Caminho francês.
Paisagens de cortar a respiração
A marcação dos caminhos francês e espanhol é efetuada com o apoio do Instituto Europeu de Itinerários Culturais.
Os caminhos permitem descobrir regiões riquíssimas, e paisagens magníficas, grandiosas e desconhecidas de França, vilas profundamente cativantes. Das quatro vias históricas, a mais antiga e a mais rica em monumentos romanos é a de Puy-en-Velay, grande local de peregrinação.
Os monumentos, a Concha de Saint-Jean-d'Angély
São numerosos os estabelecimentos de acolhimento aos peregrinos (hospitais, capelas, albergues...) e monumentos para testemunhar a sua devoção (basílicas, capelas, estátuas, frescos...) erguidos ao longo das vias; 71 deles encontram-se inscritos como património mundial.
Entre outros locais remarcáveis, a igreja de Notre-Dame du Port em Clermont-Ferrand, a abadia Sainte-Foy de Conques, a ponte sobre Lot e a igreja de Saint-Fleuret em Estaing, a abadia Saint-Pierre e o claustro de Moissac, a catedral de Puy-en-Velay, a catedral Saint-Front em Périgueux, a igreja de Saint-Sauveur e a cripta de Saint-Amadour em Rocamadour, a basílica de Saint-Sernin de Toulouse, a antiga catedral de Notre-Dame em Saint-Bertrand-de-Comminges, a abadia real de Saint-Jean-Baptiste em Saint-Jean-d'Angély…
Escritores e intelectuais
Aimé Césaire (1913-2008)
"Sou um martinicano, um africano transportado, mas antes de tudo um homem, e um homem que quer antes de tudo a realização da humanidade do homem", assim se definia Aimé Césaire. Nascido numa família numerosa em Basse Pointe, aluno brilhante do liceu Schœlcher de Fort-de-France, Césaire desembarcou em 1931 em Paris, no liceu Louis-Le-Grand, onde conheceu Léopold Sédar Senghor e reencontrou seu amigo guianense Léon Gontran Damas. Foi na revista L'Étudiant noir, fundada conjuntamente pelos três (1934), que ele forjou o conceito de "Negritude". Aprovado na École Normale Supérieure em 1935, escreveu num caderno de estudante a sua principal obra poética, o Caderno de um retorno ao país natal, 1939, que só seria publicado depois da guerra.
Já como agrégé, de volta à Martinica com Suzanne Roussi, com quem acabara de casar, fundou com ela, em 1941, a revista Tropiques, censurada em 1943 pelo regime de Vichy. De passagem pela ilha em 1941, André Breton prefaciaria a coletânea As Armas milagrosas que assinalou a adesão do poeta ao surrealismo (1946). Comunista na época, prefeito de Fort-de-France em 1945, deputado em 1946, Césaire criou Présence africaine, primeiro revista, depois editora, em que publicou seu Discurso sobre o colonialismo, 1953. Depois de sua Carta a Maurice Thorez, que consumou a ruptura com o Partido Comunista, em março de 1958, criou o Partido Progressista Martinicano. Paralelamente ao combate político (deputado durante 48 anos, prefeito de Fort de France durante 56 anos), Aimé Césaire escreveria mais de catorze obras, coletâneas de poesia, peças de teatro e ensaios.
La Fontaine (1621 – 1695)
"Sou um martinicano, um africano transportado, mas antes de tudo um homem, e um homem que quer antes de tudo a realização da humanidade do homem", assim se definia Aimé Césaire. Nascido numa família numerosa em Basse Pointe, aluno brilhante do liceu Schœlcher de Fort-de-France, Césaire desembarcou em 1931 em Paris, no liceu Louis-Le-Grand, onde conheceu Léopold Sédar Senghor e reencontrou seu amigo guianense Léon Gontran Damas. Foi na revista L'Étudiant noir, fundada conjuntamente pelos três (1934), que ele forjou o conceito de "Negritude". Aprovado na École Normale Supérieure em 1935, escreveu num caderno de estudante a sua principal obra poética, o Caderno de um retorno ao país natal, 1939, que só seria publicado depois da guerra.
Já como agrégé, de volta à Martinica com Suzanne Roussi, com quem acabara de casar, fundou com ela, em 1941, a revista Tropiques, censurada em 1943 pelo regime de Vichy. De passagem pela ilha em 1941, André Breton prefaciaria a coletânea As Armas milagrosas que assinalou a adesão do poeta ao surrealismo (1946). Comunista na época, prefeito de Fort-de-France em 1945, deputado em 1946, Césaire criou Présence africaine, primeiro revista, depois editora, em que publicou seu Discurso sobre o colonialismo, 1953. Depois de sua Carta a Maurice Thorez, que consumou a ruptura com o Partido Comunista, em março de 1958, criou o Partido Progressista Martinicano. Paralelamente ao combate político (deputado durante 48 anos, prefeito de Fort de France durante 56 anos), Aimé Césaire escreveria mais de catorze obras, coletâneas de poesia, peças de teatro e ensaios.
La Fontaine (1621 – 1695)
Nascido em Château-Thierry no dia 8 de julho de 1621, noviço da Ordem do Oratório aos vinte anos, casado e pai de família aos vinte e seis, quando Jean de La Fontaine herda do pai o cargo de administrador das Águas e Florestas, em 1658, só a literatura lhe interessa. Introduzido em 1657 no círculo de Fouquet, superintendente das Finanças no auge do poder, torna-se seu poeta favorito, encontra Molière, Racine e Madame de Sévigné. Em 1661, porém, Fouquet cai em desgraça e La Fontaine, que permanece fiel a ele (Élégie aux nymphes de Vaux [Elegia às ninfas de vaux]) perde toda proteção. Ao voltar a Château-Thierry, a duquesa de Bouillon, sobrinha de Mazarin que veio morar na cidade, pede-lhe que a distraia. Entre 1664 e 1667 aparecem assim vinte e sete Contes et Nouvelles en vers [Contos e Novelas em Versos] que dão a La Fontaine a reputação de autor libertino e elegante. Para obter perdão por seus "textos frívolos", publica então sua primeira coletânea de Fábulas, dividida em seis livros, precedida de uma Vie d'Ésope [Vida de Esopo], em 1668. A coletãnea obtém um sucesso imediato, mas sem que La Fontaine consiga uma pensão do rei. Os Nouveaux Contes [Novos Contos], publicados em 1674, são proibidos. Sem recursos, La Fontaine vende a casa paterna. Os livros VII a XII das Fábulas aparecem em 1678-1679. Admitido, enfim, na Academia Francesa em 1684, para a cadeira de Colbert, La Fontaine pronuncia o seu elogio. Em 1693, a publicação do livro XII das Fábulas se encerra com o poema Le Juge arbitre, l'Hospitalier et le Solitaire [O juiz árbitro, o hospitalário e o solitário] que é também o seu testamento. Falece em 13 de abril de 1695.
As origens da Francofonia
A palavra "francofonia" nasceu por volta de 1880, sob a pluma do geógrafo Onésime Reclus, para descrever a comunidade linguística e cultural do império colonial francês.
Esse patriota inveterado achava que o vetor linguístico determinaria a expansão colonial da França, prometendo ao desenvolvimento da língua francesa um porvir mundial. Hoje a francofonia se libertou dessa conotação colonial para designar duas realidades diferentes, mas complementares:
no sentido amplo (com f minúsculo): engloba todas as ações de promoção do francês e dos valores democráticos que ele veicula.
no sentido institucional (com F maiúsculo): qualifica a organização internacional que reúne a comunidade de 70 Estados e governos francófonos que optaram por aderir à sua Carta.
Organização de vocação universal, a Francofonia é por essência uma comunidade aberta para o mundo, bem como para os povos e as culturas que a compõem. O termo foi particularmente popularizado por Léopold Sédar Senghor, primeiro Presidente do Senegal e um dos pais fundadores do movimento na década de 1960, que vaticinava: "São os povos que, por intermédio de seus eleitos, empurram os governos para a frente. Seria preciso reunir numa associação interparlamentar os parlamentos de todos os países onde se fala francês".
Assim, a Organização Internacional da Francofonia (OIF) foi fundada em 1970.
Literatura Italiana
IDADE MÉDIA
Antes do século XIII, a língua literária da Itália era o latim que foi utilizado para redigir crônicas, poemas históricos, lendas heróicas, vidas dos santos, poemas religiosos e trabalhos didáticos e científicos. Também era utilizado o francês ou o provençal e, entre as distintas formas poéticas, a mais difundida era a canzone.
SÉCULO XIII E INÍCIO DO XIV
Os primeiros textos poéticos escritos em língua italiana foram os da Escola Siciliana, do século XIII, adepta dos cânones da poesia provençal. Pertenceram a esta escola Giacomo Pugliese e Rinaldo d'Aquino.
Quando, no século XIII, o centro da poesia mudou-se para Arezzo e Bolonha, destacaram-se os poetas Guittone d'Arezzo e Guido Guinizzelli, criador do Dolce Stil Nuovo, cultivado, também, por Guido Cavalcanti e Cino da Pistoia. Mas, sem dúvida, foi Dante, um dos escritores universais da literatura italiana, o poeta por excelência do Trecento, século XIV.
Por esta época, apareceu a poesia devocional, cultivada por São Francisco de Assis e pelo poeta franciscano Jacopone Todi.
RENASCIMENTO
O Renascimento foi marcado por uma nova leitura da literatura e da filosofia clássicas — que, pouco a pouco, foram sendo revalorizadas em toda Europa — e pela busca e descobrimento de manuscritos antigos. Na Itália, uma das figuras mais importantes foi o poeta e humanista Petrarca. Por seu turno, Boccaccio preferiu a narrativa. Poliziano é considerado o poeta e humanista mais destacado deste período. Merecem referências, também, as obras que continuaram a tradição das Gestas de Cavalaria, como as de Matteo Maria Boiardo e, entre as Pastoris, de Jacopo Sannazzaro.
No século XVI, o Renascimento chegou à consolidação plena. A língua italiana, desprezada durante séculos pelos humanistas como língua literária, alcançou uma dignidade até então negada. Pietro Bembo, Nicolau Maquiavel e o poeta Ludovico Ariosto— que representa o auge da poesia quinhentista — contribuíram, decisivamente, para colocar o idioma italiano nesta situação de privilégio. Também importante é a obra do historiador Francesco Guicciardini.
Duas obras muito difundidas, tratando do comportamento cavalheiresco, também vieram à luz no século XVI: O Cortesão (1528), escrita pelo diplomata Baldassare Castiglione, e Galateo (1558), do padre Giovanni della Casa. Por sua vez, Teófilo Folengo, parodiou o mundo da cavalaria e das letras. Junto a ele está o não menos inconformista — ainda que mais talentoso — Pietro Aretino, autor teatral e criador de libelos.
Na linha renascentista de busca do artista completo, não faltaram pintores e escultores que escreveram belos textos poéticos, narrativos e ensaísticos. Assim, temos os sonetos de Michelangelo, os tratados de Leonardo da Vinci, a interessante autobiografia de Benvenuto Cellini e as biografias de famosos pintores, escultores e arquitetos escritas pelo também pintor e arquiteto Giorgio Vasari. Estas obras constituem uma fonte de incalculável valor sobre a arte e os artistas do Renascimento.
Nesta época, também foram escritos contos e relatos breves. O autor de maior destaque desta época é Matteo Bandello.
A segunda metade do século XVI foi dominada pelo espírito da Contra-reforma que se materializou em um novo classicismo, após a difusão da Poética (Aristóteles) acompanhada por um comentário de Francesco Robortelli. Esta e outras versões, como as de Julius Caesar Scaliger e Ludovico Castelvetro (1570) contribuíram para a recuperação das unidades de espaço e tempo no teatro.
Apesar do predominante clima de repressão característico destes anos, apareceu um grande poeta lírico de imaginação transbordante: Torquato Tasso. Outro grande espírito da época foi Giordano Bruno que produziu numerosos diálogos contra o pedantismo e o autoritarismo.
O estilo predominante no século XVII — não somente na literatura mas, também, na música, arte e arquitetura — foi o Barroco. Típica deste período é a poesia de Giambattista Marino, assim como as tragédias de Federigo della Valle e os escritos do poeta, cientista e filósofo Tommaso Campanella, autor de ensaios críticos.
Por volta do final do século XVII começou a se definir um movimento cultural que rechaçava o excessivo rebuscamento estético e afetação do barroco. Os principais expoentes deste movimento reformador pertenceram à sociedade Arcádia, fundada em Roma (1690), cuja figura principal foi o poeta e dramaturgo Pietro Metastasio, sucessor de Apostolo Zeno, autor de dramas teatrais e libretos de ópera. Apostolo Zeno já havia sido um pioneiro na crítica literária. Sua influência pode ser notada nas comédias de Carlo Goldoni.
A principal figura deste período foi a do jurista Cesare Bonesana Beccaria. Entre os poetas que lutaram para criar um sentimento de orgulho nacional destaca-se Giuseppe Parini. Também merece citação o dramaturgo Vittorio Alfieri, romântico defensor da liberdade.
Entre os demais artistas importantes do século encontram-se o arqueólogo e crítico literário Ludovico Antonio Muratori e o filósofo Giambattista Vico, cuja influência foi resgatada em nosso século pela obra de Benedetto Croce.
NACIONALISMO, ROMANTISMO E CLASSICISMO
A literatura do início do século XIX foi marcada pelo nacionalismo (Ressurgimento) e pelo Romantismo. A influência da Revolução Francesa e do posterior reinado de Napoleão são perceptíveis nas obras dos poetas Vincenzo Monti, Carlo Porta e do romancista Ugo Foscolo.
Giacomo Leopardi é considerado, unanimemente, como um dos poetas líricos mais importantes da literatura italiana.
Entre os escritores políticos do Ressurgimento destacam-se o patriota Giuseppe Mazzini, o estadista Camillo Benso di Cavour e o militar Giuseppe Garibaldi (José Garibaldi) que formam a tríade dos pais da unificação italiana.
O nacionalismo deu lugar a duas correntes dentro da literatura do século XIX: a Regionalista e a corrente que usou como ponto de referência a luta contra o poder temporal do Papado. À esta última pertence Alessandro Manzoni.
Até a metade do século, a influência do Romantismo provocou uma violenta reação que se materializou no retorno a um Classicismo arraigado. Esta reação teve como principal representante o poeta Giosuè Carducci, Prêmio Nobel de Literatura em 1906.
A segunda metade do século XIX foi marcada pela reação, de uma parte dos autores italianos, contra os estilos Neoclássico e Romântico. Os representantes desta nova corrente defenderam o uso de uma língua comum e de um texto simples, com argumentos baseados em experiências e fenômenos observados no cotidiano. Os poetas exaltaram esta realidade, elevando-a à verdade. Desta concepção advem o nome do movimento: Verismo. Entre seus autores destacam-se Giuseppe Gioacchino Belli e o romancista Giovanni Verga.
Contrário ao Verisimo, mas influenciado por ele, o poeta Giovanni Pascoli abriu caminho para o uso do verso livre. Outro autor antagônico ao Realismo foi o poeta e romancista Antonio Fogazzaro.
Ao longo de todo o século apareceram numerosos escritores que não podem ser classificados dentro de nenhum dos movimentos da época, entre eles, Edmondo d'Amicis e Carlo Collodi. O crítico literário mais influente do século XIX foi Francesco de Sanctis.
SÉCULO XX
A literatura italiana do século XX mostra uma grande variedade de formas e temas. Grande parte reflete as experiências dos anos do fascismo. Após o final da II Guerra Mundial, o Realismo Social virou o estilo dominante até ser substituído por uma corrente introspectiva na poesia e na prosa.
Guiado pela aspiração de se tornar um artista universal, Gabriele d'Annunzio rompeu com os esquemas do Neoclassicismo, do Romantismo e do Realismo. D'Annunzio cultivou a poesia, o teatro e a narrativa, escreveu libretos de óperas e alimentou polêmicas patrióticas. Foi um destacado militar e político que, além disso, incursionou no campo da filosofia. Outra importante figura literária destes anos foi o romancista Italo Svevo.
Entre as demais personalidades literárias da virada do século podem ser citados: Guglielmo Ferrero (historiador da sociologia e destacado opositor do fascismo), o filósofo Giovanni Gentile que, ao contrário de Ferrero, foi um entusiasmado defensor deste regime, Matilde Serao (romancista de profundas análises psicológicas) e Grazia Deledda, Prêmio Nobel de Literatura em 1926.
Devido, em parte, à influência de correntes estrangeiras, desenvolveu-se, na Itália, numerosos movimentos artísticos e literários que rechaçavam a retórica e o lirismo. O mais radical e duradouro foi o Futurismo, fundado em 1909 pelo poeta Filippo Tomasso Marinetti.
Cabe citar, entre outros autores desta época, o pintor e escritor Ardengo Soffici, o filósofo e romancista Giovanni Papini, Antonio Baldini e Riccarco Bacchelli. Figura importante das três primeiras décadas do século foi o romancista e dramaturgo Luigi Pirandello, Prêmio Nobel de Literatura em 1934.
Muitos autores defenderam, abertamente, posturas contrárias ao regime fascista, entre eles Giuseppe Antonio Borghese e o romancista Ignazio Silone que sofreu bastante com a censura. O jornalista e diplomata Curzio Malaparte acabou renegando Mussolini.
Entre os autores de fama mundial encontram-se o poeta Giuseppe Ungaretti, Salvatore Quasimodo, Prêmio Nobel de Literatura em 1959 e Eugenio Montale, Prêmio Nobel de Literatura em 1975.
Poucos anos depois do final da guerra apareceu um novo tipo de realismo ligado ao cinema: o Neo-realismo. Entre as figuras literárias que aderiram a este movimento estão Carlo Levi, Elio Vittorini e Vasco Pratolini. Outras personalidades destacadas foram Mario Soldati, Cesare Pavese, Vitaliano Brancati e Giuseppe Tomasi di Lampedusa.
Entre os contemporâneos, Alberto Moravia é um dos narradores realistas mais conhecidos. Outros autores de nossa época são Dino Buzzatti, Elsa Morante, Natalia Ginzburg, Primo Levi, Umberto Eco, Italo Calvino e Leonardo Sciascia.
Antes do século XIII, a língua literária da Itália era o latim que foi utilizado para redigir crônicas, poemas históricos, lendas heróicas, vidas dos santos, poemas religiosos e trabalhos didáticos e científicos. Também era utilizado o francês ou o provençal e, entre as distintas formas poéticas, a mais difundida era a canzone.
SÉCULO XIII E INÍCIO DO XIV
Os primeiros textos poéticos escritos em língua italiana foram os da Escola Siciliana, do século XIII, adepta dos cânones da poesia provençal. Pertenceram a esta escola Giacomo Pugliese e Rinaldo d'Aquino.
Quando, no século XIII, o centro da poesia mudou-se para Arezzo e Bolonha, destacaram-se os poetas Guittone d'Arezzo e Guido Guinizzelli, criador do Dolce Stil Nuovo, cultivado, também, por Guido Cavalcanti e Cino da Pistoia. Mas, sem dúvida, foi Dante, um dos escritores universais da literatura italiana, o poeta por excelência do Trecento, século XIV.
Por esta época, apareceu a poesia devocional, cultivada por São Francisco de Assis e pelo poeta franciscano Jacopone Todi.
RENASCIMENTO
O Renascimento foi marcado por uma nova leitura da literatura e da filosofia clássicas — que, pouco a pouco, foram sendo revalorizadas em toda Europa — e pela busca e descobrimento de manuscritos antigos. Na Itália, uma das figuras mais importantes foi o poeta e humanista Petrarca. Por seu turno, Boccaccio preferiu a narrativa. Poliziano é considerado o poeta e humanista mais destacado deste período. Merecem referências, também, as obras que continuaram a tradição das Gestas de Cavalaria, como as de Matteo Maria Boiardo e, entre as Pastoris, de Jacopo Sannazzaro.
No século XVI, o Renascimento chegou à consolidação plena. A língua italiana, desprezada durante séculos pelos humanistas como língua literária, alcançou uma dignidade até então negada. Pietro Bembo, Nicolau Maquiavel e o poeta Ludovico Ariosto— que representa o auge da poesia quinhentista — contribuíram, decisivamente, para colocar o idioma italiano nesta situação de privilégio. Também importante é a obra do historiador Francesco Guicciardini.
Duas obras muito difundidas, tratando do comportamento cavalheiresco, também vieram à luz no século XVI: O Cortesão (1528), escrita pelo diplomata Baldassare Castiglione, e Galateo (1558), do padre Giovanni della Casa. Por sua vez, Teófilo Folengo, parodiou o mundo da cavalaria e das letras. Junto a ele está o não menos inconformista — ainda que mais talentoso — Pietro Aretino, autor teatral e criador de libelos.
Na linha renascentista de busca do artista completo, não faltaram pintores e escultores que escreveram belos textos poéticos, narrativos e ensaísticos. Assim, temos os sonetos de Michelangelo, os tratados de Leonardo da Vinci, a interessante autobiografia de Benvenuto Cellini e as biografias de famosos pintores, escultores e arquitetos escritas pelo também pintor e arquiteto Giorgio Vasari. Estas obras constituem uma fonte de incalculável valor sobre a arte e os artistas do Renascimento.
Nesta época, também foram escritos contos e relatos breves. O autor de maior destaque desta época é Matteo Bandello.
A segunda metade do século XVI foi dominada pelo espírito da Contra-reforma que se materializou em um novo classicismo, após a difusão da Poética (Aristóteles) acompanhada por um comentário de Francesco Robortelli. Esta e outras versões, como as de Julius Caesar Scaliger e Ludovico Castelvetro (1570) contribuíram para a recuperação das unidades de espaço e tempo no teatro.
Apesar do predominante clima de repressão característico destes anos, apareceu um grande poeta lírico de imaginação transbordante: Torquato Tasso. Outro grande espírito da época foi Giordano Bruno que produziu numerosos diálogos contra o pedantismo e o autoritarismo.
O estilo predominante no século XVII — não somente na literatura mas, também, na música, arte e arquitetura — foi o Barroco. Típica deste período é a poesia de Giambattista Marino, assim como as tragédias de Federigo della Valle e os escritos do poeta, cientista e filósofo Tommaso Campanella, autor de ensaios críticos.
Por volta do final do século XVII começou a se definir um movimento cultural que rechaçava o excessivo rebuscamento estético e afetação do barroco. Os principais expoentes deste movimento reformador pertenceram à sociedade Arcádia, fundada em Roma (1690), cuja figura principal foi o poeta e dramaturgo Pietro Metastasio, sucessor de Apostolo Zeno, autor de dramas teatrais e libretos de ópera. Apostolo Zeno já havia sido um pioneiro na crítica literária. Sua influência pode ser notada nas comédias de Carlo Goldoni.
A principal figura deste período foi a do jurista Cesare Bonesana Beccaria. Entre os poetas que lutaram para criar um sentimento de orgulho nacional destaca-se Giuseppe Parini. Também merece citação o dramaturgo Vittorio Alfieri, romântico defensor da liberdade.
Entre os demais artistas importantes do século encontram-se o arqueólogo e crítico literário Ludovico Antonio Muratori e o filósofo Giambattista Vico, cuja influência foi resgatada em nosso século pela obra de Benedetto Croce.
NACIONALISMO, ROMANTISMO E CLASSICISMO
A literatura do início do século XIX foi marcada pelo nacionalismo (Ressurgimento) e pelo Romantismo. A influência da Revolução Francesa e do posterior reinado de Napoleão são perceptíveis nas obras dos poetas Vincenzo Monti, Carlo Porta e do romancista Ugo Foscolo.
Giacomo Leopardi é considerado, unanimemente, como um dos poetas líricos mais importantes da literatura italiana.
Entre os escritores políticos do Ressurgimento destacam-se o patriota Giuseppe Mazzini, o estadista Camillo Benso di Cavour e o militar Giuseppe Garibaldi (José Garibaldi) que formam a tríade dos pais da unificação italiana.
O nacionalismo deu lugar a duas correntes dentro da literatura do século XIX: a Regionalista e a corrente que usou como ponto de referência a luta contra o poder temporal do Papado. À esta última pertence Alessandro Manzoni.
Até a metade do século, a influência do Romantismo provocou uma violenta reação que se materializou no retorno a um Classicismo arraigado. Esta reação teve como principal representante o poeta Giosuè Carducci, Prêmio Nobel de Literatura em 1906.
A segunda metade do século XIX foi marcada pela reação, de uma parte dos autores italianos, contra os estilos Neoclássico e Romântico. Os representantes desta nova corrente defenderam o uso de uma língua comum e de um texto simples, com argumentos baseados em experiências e fenômenos observados no cotidiano. Os poetas exaltaram esta realidade, elevando-a à verdade. Desta concepção advem o nome do movimento: Verismo. Entre seus autores destacam-se Giuseppe Gioacchino Belli e o romancista Giovanni Verga.
Contrário ao Verisimo, mas influenciado por ele, o poeta Giovanni Pascoli abriu caminho para o uso do verso livre. Outro autor antagônico ao Realismo foi o poeta e romancista Antonio Fogazzaro.
Ao longo de todo o século apareceram numerosos escritores que não podem ser classificados dentro de nenhum dos movimentos da época, entre eles, Edmondo d'Amicis e Carlo Collodi. O crítico literário mais influente do século XIX foi Francesco de Sanctis.
SÉCULO XX
A literatura italiana do século XX mostra uma grande variedade de formas e temas. Grande parte reflete as experiências dos anos do fascismo. Após o final da II Guerra Mundial, o Realismo Social virou o estilo dominante até ser substituído por uma corrente introspectiva na poesia e na prosa.
Guiado pela aspiração de se tornar um artista universal, Gabriele d'Annunzio rompeu com os esquemas do Neoclassicismo, do Romantismo e do Realismo. D'Annunzio cultivou a poesia, o teatro e a narrativa, escreveu libretos de óperas e alimentou polêmicas patrióticas. Foi um destacado militar e político que, além disso, incursionou no campo da filosofia. Outra importante figura literária destes anos foi o romancista Italo Svevo.
Entre as demais personalidades literárias da virada do século podem ser citados: Guglielmo Ferrero (historiador da sociologia e destacado opositor do fascismo), o filósofo Giovanni Gentile que, ao contrário de Ferrero, foi um entusiasmado defensor deste regime, Matilde Serao (romancista de profundas análises psicológicas) e Grazia Deledda, Prêmio Nobel de Literatura em 1926.
Devido, em parte, à influência de correntes estrangeiras, desenvolveu-se, na Itália, numerosos movimentos artísticos e literários que rechaçavam a retórica e o lirismo. O mais radical e duradouro foi o Futurismo, fundado em 1909 pelo poeta Filippo Tomasso Marinetti.
Cabe citar, entre outros autores desta época, o pintor e escritor Ardengo Soffici, o filósofo e romancista Giovanni Papini, Antonio Baldini e Riccarco Bacchelli. Figura importante das três primeiras décadas do século foi o romancista e dramaturgo Luigi Pirandello, Prêmio Nobel de Literatura em 1934.
Muitos autores defenderam, abertamente, posturas contrárias ao regime fascista, entre eles Giuseppe Antonio Borghese e o romancista Ignazio Silone que sofreu bastante com a censura. O jornalista e diplomata Curzio Malaparte acabou renegando Mussolini.
Entre os autores de fama mundial encontram-se o poeta Giuseppe Ungaretti, Salvatore Quasimodo, Prêmio Nobel de Literatura em 1959 e Eugenio Montale, Prêmio Nobel de Literatura em 1975.
Poucos anos depois do final da guerra apareceu um novo tipo de realismo ligado ao cinema: o Neo-realismo. Entre as figuras literárias que aderiram a este movimento estão Carlo Levi, Elio Vittorini e Vasco Pratolini. Outras personalidades destacadas foram Mario Soldati, Cesare Pavese, Vitaliano Brancati e Giuseppe Tomasi di Lampedusa.
Entre os contemporâneos, Alberto Moravia é um dos narradores realistas mais conhecidos. Outros autores de nossa época são Dino Buzzatti, Elsa Morante, Natalia Ginzburg, Primo Levi, Umberto Eco, Italo Calvino e Leonardo Sciascia.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
A História da Prefeitura de São Paulo,( Parabéns Feliz Aniversário)
A Vila dos Jesuítas (1554 - 1711) - 1554
A frase escrina na bandeira"Non Ducor Duco" - traduzido do latim significa "Não sou conduzido, conduzo".Fundada em 25 de janeiro de 1554 pela Companhia de Jesus, num barracão de taipa, a fim de ensinar o catecismo e as primeiras letras aos filhos dos colonizadores, por Manoel da Nóbrega, José de Anchieta, Manoel de Paiva e mais nove religiosos.
Cria-se o sítio do Colégio de São Paulo de Piratininga, entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú cercando-se de algumas construções. Situado em um planalto a 760 metros acima do nível do mar e circundado por rios, oferecia ótimas condições de relevo e hidrografia.
A Vila fazia parte da Capitania de São Vicente, cujo donatário era Martim Afonso de Sousa, que chegou ao Brasil em 1532.
1560
Mem de Sá, terceiro governador geral da colônia,
eleva São Paulo à categoria de Vila.
A população na época é de aproximadamente 80 habitantes.
Instala-se a Câmara Municipal e a Alcaidaria (o donatário da capitania nomeia o alcaide da vila).
A Câmara Municipal proíbe que os brancos escravizem os índios.
Destaca-se como nome mais poderoso da época, o de Jorge Moreira, Capitão-Mor.
Atividades da Câmara Municipal:
- Atribuições legislativas, policiais e judiciais;
- Inspeção da higiene pública;
- Recebimento de Impostos;
- Nomeação de Procuradores;
- Julgamento de conflitos públicos;
- Defesa Militar.
.1556
Alguns dos primeiros ocupantes do Governo Municipal da Vila de São Paulo, foram:
Francisco Avel - Alcaide
Francisco Peres - Alcaide e Guarda-Mor
João Ramalho - Capitão e Alacaide-Mor
Francisco Alves - Alcaide
.1586
Reinvindicação da Sede do Poder Municipal.
.1610
D. Francisco de Souza (Governador Geral) promove o Alistamento Militar Geral, a partir dos 14 anos de idade.
. 1640
Autonomia da Câmara Municipal.
Amador Bueno da Veiga é aclamado rei de São Paulo.
Os jesuítas são expulsos da Vila de São Paulo e arredores.
Os colonos sertanistas tomam o poder em lugar da Coroa Lusitana.
. 1641
Disputa entre as famílias Pires e Camargo.
Fernão de Camargo assassina Pedro Taques, líder dos Pires, devido ao aprisionamento de índios e o controle da produção agrícola.
. 1674/1681
Formam-se as bandeiras de Fernão Dias Pais Leme.
O que Distingue um Amigo Verdadeiro
Não se pode ter muitos amigos.
Mesmo que se queira, mesmo que se
conheçam pessoas de quem apetece ser
amiga, não se pode ter muitos amigos.
Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas.
Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço
, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar —
todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas.
Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos.
É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se
pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas.
Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos.
Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos.
Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo
de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade.
O que é bom sai caro.
A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior.
Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta.
Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta.
Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem.
Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem.
É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação.
A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável.
No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo».
Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente».
E o «amigalhaço».
E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas,
centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c.
Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos.
Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos.
Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem.
Odeiam-nos lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos
pares de inimigos e passa o tempo a tentar conciliar posições e personalidades
irreconciliáveis, é sempre um traidor.
Para mais, pífio e arrependido.
Para se ser um bom amigo, têm de herdar-se, de coração inteiro,
os amigos e os inimigos da outra pessoa.
E fácil estar sempre do lado de quem se julga ter razão.
O que distingue um amigo verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso
lado quando nós não temos razão.
O amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação.
Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.»
Como se pode ser amigo de um sacana?
Os amigos são, por definição, as melhores pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais.
Os amigos não podem ser maus.
A lealdade é a qualidade mais importante de uma amizade. E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'
Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'
Conhecidos de Vista
Conhecem-se há meses de vista,
do bairro onde vivem, de se verem na rua,
no supermercado, no café, de passearem os
cães no jardim.
Ela mora dois prédios ao lado do dele,
não sabe o seu nome, nem o que faz, mas
conhece-lhe algumas rotinas, já ouviu a sua voz,
aprecia a forma de ele se vestir.
Acha-o atraente e fica atenta quando o vê.
Ele gosta de levar um livro consigo quando vai com o cão ao jardim.
Ele gosta de levar um livro consigo quando vai com o cão ao jardim.
Senta-se num banco a ler, mas, se ela chega, não consegue concentrar-se.
Finge que lê, espreita-a por cima do livro, maravilhado com
o seu jeito distraído de caminhar num vaivém constante
enquanto fala ao telemóvel, rodando o vestido numa volta graciosa ao fim de alguns passos casuais.
Adora o seu sorriso encantador, o modo como inclina a cabeça para
trás e lança um risinho espontâneo para o ar a meio da conversa.
É sábado, estão sentados numa esplanada
É sábado, estão sentados numa esplanada
do jardim, ambos sozinhos, em mesas próximas, frente a frente.
Ela pede um café, deita o açúcar, mexe-o demoradamente
com a colher, distraída a observá-lo a ler o jornal.
Fantasia que ele vai erguer os olhos a qualquer
instante e surpreendê-la a olhar, que lhe sorri e se
levanta para ir à sua mesa apresentar-se.
Sorri com a ideia no momento em que ele levanta os olhos do jornal,
mas apressa-se a desviar os seus, a virar a cara, com vontade de rir.
Ele repara que ela desvia o olhar, volta a página do jornal, baixa os olhos por um segundo e torna a olhar.
Ele repara que ela desvia o olhar, volta a página do jornal, baixa os olhos por um segundo e torna a olhar.
Ela não se atreve a fitá-lo, concentra-se na chávena de café à sua frente.
Ele imagina-se a ir ter com ela para meter conversa.
Por um instante, sente-se tentado, pergunta-se se teria coragem.
Porque não?, pensa.
Mas então ela chama o empregado para lhe pedir a conta e o momento passa.
Ele deixa-se estar sentado e ela vai-se embora.
No domingo cruzam-se no átrio de um cinema.
No domingo cruzam-se no átrio de um cinema.
Estão ambos acompanhados, vão a salas diferentes.
Sustêm a respiração a escassos metros um do outro,
os seus olhos fixam-se num espanto recíproco,
num relâmpago eterno, e, pela primeira vez, assumem um
reconhecimento mútuo, pois ele sorri-lhe e ela faz-lhe
uma vénia ligeira com a cabeça, de um modo divertido.
A meio da semana ele vai almoçar com um cliente
A meio da semana ele vai almoçar com um cliente
importante a um restaurante requintado da moda e lá
está ela para o receber, sorridente, desinibida, dona de
um caderno onde escreve à mão e opõe vistos nos nomes das pessoas que chegam com mesa marcada.
É relações públicas e veste-se de forma discretamente elegante, uma camisa preta, uma saia arroxeada de seda.
Parece que nos encontramos em todo o lado, comenta ele, encantado por a ver.
Ela ri-se, é o destino, graceja.
Dois dias mais tarde, ele chega ao jardim, solta a trela do cão e este corre para junto do dela.
Dois dias mais tarde, ele chega ao jardim, solta a trela do cão e este corre para junto do dela.
Ele aproxima-se dela, sentada num banco, aponta para o lugar ao seu lado, ela faz-lhe sinal com a mão para que se sente.
Agora que já sabe o meu nome, diz ele, gostava de saber o seu.
Ela ri-se, diz como se chama e depois começam a falar com naturalidade,
como se se conhecessem desde sempre.
Tiago Rebelo, in " Breve História de Amor"
Tiago Rebelo, in " Breve História de Amor"
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