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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Crianças nascidas por cesárea têm duas vezes mais obesidade



Quando crianças que nasceram de cesariana atingem os três anos idade, seu nível de obesidade é duas vezes maior do que entre as que nasceram por parto normal.

Esta conclusão, que vem reforçar estudos anteriores, é de pesquisadores do Boston Children's Hospital (EUA).

A equipe acredita que a cirurgia possa afetar a flora bacteriana do aparelho digestivo, causando alterações no modo como o alimento é digerido.

Segundo os especialistas, haveria diferenças na composição da flora bacteriana do aparelho digestivo adquirida no parto normal e na cesárea.

Já é sabido também que a cesárea aumenta a ocorrência de alergia nas crianças.

Excesso de cesáreas

Os bebês foram medidos e pesados ao nascer e quando atingiram três anos. Cerca de um quarto havia nascido por cesárea e o restante por parto normal.

Os pesquisadores descobriram que as mulheres que fizeram cesárea tendiam a pesar mais que as que tiveram parto normal - uma característica que poderia influenciar a tendência a obesidade em seus bebês.



As taxas de cesariana vêm aumentando em todo o mundo, mas, no Brasil, alcançam níveis impensáveis para os países desenvolvidos, já Cesarianas respondendo por quase metade dos partos no país.

Estudos feitos no Brasil mostram que as grávidas preferem parto normal, mas acabam fazendo cesariana, ainda que o parto induzido aumente o risco para mulheres e bebês.

Nem mesmo o sistema público de saúde no Brasil incentiva o parto normal.

Vale também para adultos

Enquanto este estudo acompanhou as crianças apenas até os três anos de idade, cientistas da USP fizeram o mesmo até os 25 anos de idade.

Segundo a equipe do Dr. Marco Antonio Barbieri, as chances de que uma pessoa que nasce por cesariana ficar obesa na fase adulta são 58% maiores do que quem nasce de parto normal.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Rio terá a primeira cooperativa para tratamento do e-lixo no Rio+20



O Rio de Janeiro vai ganhar, durante a Rio + 20, sua primeira cooperativa de catadores e recicladores focada na coleta e reaproveitamento do e-lixo – o chamado lixo eletrônico. O projeto, desenvolvido pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) , da Coppe-UFRJ, é ambicioso e prevê a formação, até o fim do ano, de uma rede de 22 cooperativas no Rio de Janeiro que irá coletar eletroeletrônicos fora de uso junto à população - TVs, computadores, celulares e máquina de lavar fora de uso, entre outros - para separar seus componentes em três segmentos para a venda: placas, plástico e metal.

O projeto será iniciado durante a conferência com a inauguração de um centro de desmontagem de e-lixo na Cooperativa Amigos do Meio Ambiente (Copama) , em Maria das Graças, e a instalação do primeiro coletor de e-lixo na sede da Coppe-UFRJ, na Ilha do Fundão. Posteriormente serão estabelecidos pontos de coleta para o material em toda a cidade.

A iniciativa já nasce com uma parceria entre sociedade, empresas e universidade. Segundo o pesquisador Gonçalo Guimarães, coordenador geral da ITCP, a empresa Recyclar já oficializou sua participação no projeto, se comprometendo a comprar todas as placas eletrônicas obtidas pelas cooperativas, da onde retira ouro, platina, prata e cobre para serem exportados para a Europa.

Já os metais e os plásticos encontrados nos equipamentos serão comercializados no mercado. “Este projeto une todas as pontas: sociedade, academia e setor empresarial, além de trabalhar com catadores e recicladores, que fazem a separação de todo o material. Essa articulação tem tudo para dar certo, pois tem muito apelo junto à população. Todo mundo quer dar fim a algum tipo de equipamento e não sabe o que fazer. Só a UFRJ tem três toneladas de equipamentos esperando destinação. Vamos fazer uma campanha para mobilizar as empresas e a sociedade durante a Rio + 20”, explicou Guimarães.

Para os trabalhadores que participarem da cooperativa, o projeto se traduz em emprego e renda. Enquanto plásticos e metais são vendidos a centavos de reais, as placas serão comercializadas a R$ 7,00 por unidade.

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) atua desde 1995 com objetivode tirar da invisibilidade grupos sociais excluídos econômica e socialmente e transformá-los em empreendedores capazes de gerar e comandar seus próprios negócios. Utilizando técnicas de gestão, cria metodologias e desenvolve ações de inclusão e valorização do trabalho desses grupos que estão nas bordas da economia informal, atuando em mais de cem cidades brasileiras.

Magistrados manifestam preocupação com texto do novo Código Florestal



A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) divulgaram nota conjunta, nesta quarta-feira, para manifestar sua preocupação com o texto do novo Código Florestal, recém-aprovado pelo Congresso Nacional.

De acordo com a manifestação, “da forma como aprovado, teme-se que o texto do novo Código Florestal traga insegurança jurídica e provoque um substancial e desnecessário aumento da litigiosidade, quando não perplexidade para os juízes encarregados de aplicá-lo”.

O desembargador Henrique Calandra (AMB) e o juiz Gabriel Wedy (Ajufe), que assinam a nota, acrescentam: “Se não corrigidos a tempo, os defeitos e imprecisões dificultarão, ou mesmo inviabilizarão, a tão almejada pacificação no âmbito da gestão pública e privada dos recursos naturais. Uma avalanche de ações judiciais somente contribuirá para intranquilizar os produtores rurais, sobretudo o pequeno, bem como a sociedade”.

Os principais pontos da nota conjunta dos magistrados são os seguintes:

O Congresso e o debate

“O Congresso Nacional deve ser festejado e defendido por todos, pois inexiste democracia sem um parlamento atuante e o respeito às leis que edita. Não é, nem poderia ser diferente com o Código Florestal. Os senhores Senadores e Deputados, legitimados pelo voto popular, são os porta-vozes naturais das diversificadas aspirações da Nação. O amplo e rico debate propiciado pela tramitação da nova lei muito contribuiu para conscientizar a sociedade da importância das florestas, dos recursos hídricos, dos desastres naturais, dos estímulos à produção de alimentos, e da sustentabilidade do agronegócio”.

Insegurança jurídica

“Os magistrados brasileiros, conscientes de suas responsabilidades constitucionais e legais, são fiéis cumpridores da legislação aprovada pelo Congresso Nacional. Para tanto, é preciso que o texto legal seja claro, sem contradições internas e externas, e esteja em sintonia com o marco constitucional vigente no País. Do contrário, resultará em insegurança jurídica e inconveniente litigiosidade, com prejuízos para todos: os destinatários das obrigações e direitos, os órgãos encarregados de sua implementação, os juízes que serão chamados a dirimir uma profusão de conflitos”.

Principais preocupações

Na nota, a Ajufe e a AMB destacam, entre outros os seguintes “pontos inquietantes”:

— “O esvaziamento de fato da proteção atual das áreas úmidas e do Pantanal, que será o bioma brasileiro mais afetado pelo novo Código Florestal. Com a nova lei, essas áreas passam a ser amplamente utilizáveis e desmatáveis (art. 4º, parágrafo 3º), ficando para o Poder Público (e o juiz) o papel de simples aplicador de “recomendações técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa” (art. 10). Recomendações? Que órgãos oficiais de pesquisa? Como se vê, em termos de insegurança jurídica e risco de litigiosidade, o texto e o conceito de “leito regular” dos rios (art. 3º, XIX) falam por si mesmos”.

— “Também causa surpresa, depois de a questão ter sido pacificada nos Tribunais, a tentativa de integralmente transferir para os municípios a fixação da extensão e grau de proteção das matas ciliares, de encostas, de manguezais e dunas (art. 4º, parágrafo 8º), como se os maiores desastres ambientais da atualidade, com perdas de preciosas vidas humanas, não tivessem ocorrido exatamente nessas áreas”.

— “A aparente previsão de que, a partir da nova Lei, em reversão completa do sistema atual, a União e os Estados só poderão proteger espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção se desapropriarem os milhares de imóveis em que estas ainda venham a se encontrar, o mesmo valendo para a conservação das restingas, veredas e várzeas (art. 6º). Além de esse dispositivo contradizer outros do mesmo texto, a prevalecer essa tese, o Brasil ficará impossibilitado de cumprir as obrigações que assumiu em tratados internacionais”.

— “O uso de carvão vegetal de espécies nativas, na atividade industrial (siderurgia, principalmente), não só continua permitido, o que em si é uma das maiores causas do desmatamento de florestas no Brasil, como a partir da nova lei a “reposição florestal” — isto é, o replantio — será feita mediante “espécies preferencialmente nativas” (art. 32, parágrafo 4º). Ou seja, derruba-se mata virgem e se planta espécie exótica”.

— “Em dois dispositivos enigmáticos, a nova lei aparentemente tenta inviabilizar o combate administrativo e judicial aos grandes incêndios que devastam a vegetação nativa, mormente na Amazônia (art. 38, parágrafo 3º e 4º). Na mesma linha, dificultando a atuação judicial, regularizam-se em Área de Preservação Permanente não só as culturas permanentes e lenhosas agrícolas e de silvicultura (o que é feito corretamente pelo art. 63, caput), mas também todas as atividades “pastoris, de ecoturismo e turismo rural” (art. 61, caput)! Além disso, o texto parece indicar anistia incondicional e completa às mansões de lazer, casas de campo, hotéis e marinas construídos ilegalmente (art. 61, parágrafo 7º)”.

Apelo

A nota dos magistrados conclui com um “apelo à conciliação e pacificação”:

“Os conflitos florestais e ambientais devem ser resolvidos precipuamente pelo legislador, com a edição de leis claras, justas e tecnicamente estruturadas; o Judiciário é apenas o último recurso, o que recomenda reduzir, em vez de ampliar, a litigiosidade ambiental e florestal. Os magistrados brasileiros acreditam firmemente no alto discernimento da Senhora Presidenta Dilma Rousseff e no elevado espírito público dos membros do Congresso Nacional nesse nobre esforço de conciliação e pacificação legislativa dos conflitos florestais”.

Educação no Brasil

“O Brasil tem evoluído rapidamente, mas é preciso investir mais, ter mais ambição em relação ao sucesso de seus alunos. A renda vinda dos recursos naturais não pode ser gasta em consumo, ela tem que ser investida no futuro, na educação das crianças, no capital humano. É preciso investir nos professores, dando apoio e treinamento para aprimorar a capacidade de ensino nas escolas, tudo isso é muito importante para um país”.
Andreas Schleicher, chefe da área de rankings de educação da OCDE no mundo.

Trecho da reportagem: "Países com poucos recurso naturais investem mais em educação"

Mãe e a educação

A presença e participação das famílias , e mais especificamente das mães, na educação dos filhos é uma necessidade e um diferencial. A compreensão do valor da educação e do que todos os anos que se passa numa escola representam para a formação de uma pessoa é um dos ensinamentos e reforços que vem de casa, a partir da fala da mãe e do pai. Quando este ensejo positivo ocorre, a criança tende a entender melhor e mais rapidamente o que significa a escola e, com isso, a acomodar-se mais facilmente neste ambiente, tendo maior aceitação e disposição para realizar e trabalhar por ali. O papel das mães, na formação dos filhos é, portanto, decisivo para sua formação e desenvolvimento, na relação que travam com o mundo e para a compreensão que tem de si mesmos, para a elevação de sua autoestima e confiança, repercutindo certamente em seu futuro.

DIGA NÃO AO CYBER BULLYING

O “cyberbullying” consiste no ato de, intencionalmente, uma criança ou adolescente, fazendo uso das novas tecnologias da informação e comunicação, denegrir, ameaçar, humilhar ou executar outro qualquer ato mal intencionado dirigido a outra criança ou adolescente.
O cyberbullying tem sido definido como “quando a Internet, telefones celulares ou outros dispositivos são utilizados para enviar textos ou imagens com a intenção de ferir ou constranger outra pessoa.”.
Um “cyberbully” pode tornar-se, no momento seguinte, também ele uma vítima. É frequente os
jovens envolvidos neste fenômeno mudarem de papel, sendo os maltratantes numa altura e as
vítimas noutra.
O cyberbullying, via Web, pode ser considerado tão prejudicial quanto o bullying “tradicional”, podendo, inclusive, levar, em casos extremos, ao suicídio. DIGA NÃO AO CYBER BULLYING

Exemplo ser um ser humano bom

Hoje eu li uma história sobre um antropólogo, que propôs um jogo para as crianças em uma tribo Africana. Ele colocou uma cesta cheia de frutas perto de uma árvore e disse às crianças quem chegasse lá primeiro ganharia os frutos doces. Quando ele disse-lhes para correr, todos eles pegaram as mãos uns dos outros e correram juntos; em seguida, sentaram-se juntos desfrutando de seus deleites. Quando ele perguntou por que eles tinham corrido daquele jeito, quando um poderia ter tido todos os frutos para si mesmo eles disseram: UBUNTU, como pode um de nós ficaria feliz se todos os outros estão tristes?

UBUNTU na cultura Xhosa quer dizer: "Eu sou porque nós somos"

Como comecei a escrever

Aí por volta de 1910 não havia rádio nem televisão, e o cinema chegava ao interior do Brasil uma vez por semana, aos domingos. As notícias do mundo vinham pelo jornal, três dias depois de publicadas no Rio de Janeiro. Se chovia a potes, a mala do correio aparecia ensopada, uns sete dias mais tarde. Não dava para ler o papel transformado em mingau. 
Papai era assinante da "Gazeta de Notícias", e antes de aprender a ler eu me sentia fascinado pelas gravuras coloridas do suplemento de domingo. Tentava decifrar o mistério das letras em redor das figuras, e mamãe me ajudava nisso. Quando fui para a escola pública, já tinha a noção vaga de um universo de palavras que era preciso conquistar.

Durante o curso, minhas professoras costumavam passar exercícios de redação. Cada um de nós tinha de escrever uma carta, narrar um passeio, coisas assim. Criei gosto por esse dever, que me permitia aplicar para determinado fim o conhecimento que ia adquirindo do poder de expressão contido nos sinais reunidos em palavras.

Daí por diante as experiências foram-se acumulando, sem que eu percebesse que estava descobrindo a literatura. Alguns elogios da professora me animavam a continuar. Ninguém falava em conto ou poesia, mas a semente dessas coisas estava germinando. Meu irmão, estudante na Capital, mandava-me revistas e livros, e me habituei a viver entre eles. Depois, já rapaz, tive a sorte de conhecer outros rapazes que também gostavam de ler e escrever.

Então, começou uma fase muito boa de troca de experiências e impressões. Na mesa do café-sentado (pois tomava-se café sentado nos bares, e podia-se conversar horas e horas sem incomodar nem ser incomodado) eu tirava do bolso o que escrevera durante o dia, e meus colegas criticavam. Eles também sacavam seus escritos, e eu tomava parte nos comentários. Tudo com naturalidade e franqueza. Aprendi muito com os amigos, e tenho pena dos jovens de hoje que não desfrutam desse tipo de amizade crítica.

Carlos Drummond de Andrade

Meus oito anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida 

Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar - é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

CASIMIRO DE ABREU

Um pais só crescer com Educação


Galera vamos estudar pois só assim um pais pode crescer