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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Super-Homem socialista

Foto: Super-Homem socialista.

Um dos ícones máximos das revistas em quadrinhos, também representa muitos dos valores estadunidenses. Mas, partindo de uma premissa inovadora, Mark Millar usou personagens clássicos e temas políticos para responder a seguinte pergunta: E se o Super-Homem tivesse crescido na União Soviética? 

Superman, além de ser o primeiro super herói, sempre foi um ícone da cultura dos EUA e de seu desenvolvimento. Contudo, e se o personagem fosse o marco de outra cultura? É o que propõe a mini-série Superman – Entre a foice e o martelo (Superman: The red son). Dividida em três partes, a história foi escrita por Mark Millar e tem desenhos de Dave Johnsson.

Não é uma premissa absurda dadas as circunstâncias em que o Super-Homem chegou à Terra. O bebê alienígena chamado de Kal-El vindo do planeta Krypton, chega aqui em uma cápsula espacial que cai nos Estados Unidos, mais precisamente no Kansas, na cidade de Smallville. Apenas uma pequena diferença no ângulo de entrada na atmosfera ou na velocidade da nave modificariam tudo. No caso do Superman: Red Son, a capsula caiu na União Soviética.

Ao invés do foguete de Kal-el cair na América capitalista, ele acaba caindo na Rússia comunista de Stalin. A partir daí vemos um cenário completamente novo se desenrolando naquele universo. A proposta é mostrar toda a mudança cultural que o Superman traz para o mundo com sua aparição. No  decorrer da história somos apresentados a uma Rússia próspera em total ascensão com o maior herói do mundo a sua frente contra uma América liderada por Lex Luthor que aos poucos chega ao poder, casando-se com Lois Lane e tendo como missão pessoal derrotar o kriptoniano.

Outros personagens participam da história, como a Mulher Maravilha, também comunista e trazendo o apoio da Ilha Paraíso ao regime do Superman, o  Batman com uma história trágica também nessa realidade e Luthor ainda obcecado por derrotar o Superman. Também vemos personagens históricos como o próprio Stalin.

De maneira irônica, a HQ sugere que sem seu maior símbolo de poder e representação, a América não seria a grande potência de hoje. De modo geral, é uma mini-série que consegue promover reflexões em relação ao simbolismo do Superman, o capitalismo e sobre um sistema econômico diferente do nosso sem recair nos velhos clichês sobre a maldade dos comunistas
 
SUPERMAN: Entre a Foice e o Martelo (Superman: Red Son)
Roteiro: Mark Millar
Arte: Dave Johnsson
Editora: DC Comics (EUA), Panini Comics (Brasil)
Publicado originalmente em 2003

Texto de Diego Vieira
Administração Imagens Históricas
Um dos ícones máximos das revistas em quadrinhos, também representa muitos dos valores estadunidenses. Mas, partindo de uma premissa inovadora, Mark Millar usou personagens clássicos e temas políticos para responder a seguinte pergunta: E se o Super-Homem tivesse crescido na União Soviética?

Superman, além de ser o primeiro super herói, sempre foi um ícone da cultura dos EUA e de seu desenvolvimento. Contudo, e se o personagem fosse o marco de outra cultura? É o que propõe a mini-série Superman – Entre a foice e o martelo (Superman: The red son). Dividida em três partes, a história foi escrita por Mark Millar e tem desenhos de Dave Johnsson.

Não é uma premissa absurda dadas as circunstâncias em que o Super-Homem chegou à Terra. O bebê alienígena chamado de Kal-El vindo do planeta Krypton, chega aqui em uma cápsula espacial que cai nos Estados Unidos, mais precisamente no Kansas, na cidade de Smallville. Apenas uma pequena diferença no ângulo de entrada na atmosfera ou na velocidade da nave modificariam tudo. No caso do Superman: Red Son, a capsula caiu na União Soviética.

Ao invés do foguete de Kal-el cair na América capitalista, ele acaba caindo na Rússia comunista de Stalin. A partir daí vemos um cenário completamente novo se desenrolando naquele universo. A proposta é mostrar toda a mudança cultural que o Superman traz para o mundo com sua aparição. No decorrer da história somos apresentados a uma Rússia próspera em total ascensão com o maior herói do mundo a sua frente contra uma América liderada por Lex Luthor que aos poucos chega ao poder, casando-se com Lois Lane e tendo como missão pessoal derrotar o kriptoniano.

Outros personagens participam da história, como a Mulher Maravilha, também comunista e trazendo o apoio da Ilha Paraíso ao regime do Superman, o Batman com uma história trágica também nessa realidade e Luthor ainda obcecado por derrotar o Superman. Também vemos personagens históricos como o próprio Stalin.

De maneira irônica, a HQ sugere que sem seu maior símbolo de poder e representação, a América não seria a grande potência de hoje. De modo geral, é uma mini-série que consegue promover reflexões em relação ao simbolismo do Superman, o capitalismo e sobre um sistema econômico diferente do nosso sem recair nos velhos clichês sobre a maldade dos comunistas

SUPERMAN: Entre a Foice e o Martelo (Superman: Red Son)
Roteiro: Mark Millar
Arte: Dave Johnsson
Editora: DC Comics (EUA), Panini Comics (Brasil)
Publicado originalmente em 2003

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