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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Um texto que vale a pena ler

Um texto que vale a pena ler, refletir e ponderar, afinal, o que o Brasil inteiro acaba de presenciar vai muito além do que uma das piores tragédias e/ou o segundo maior incêndio do país. São notícias pipocando na televisão, proveniente de piadinhas falsas na internet, internautas que se comportam como juízes e já apontam culpados sem nem se quer imaginar o poder e as consequências de tais ácidas tecladas.

Você precisa ler isso antes de consumir qualquer fato, proveniente de qualquer grande portal. Exercer o senso crítico e a sensibilidade humana em um momento como este é um dever nosso como cidadão; boa leitura:

"Não se esqueçam que a internet é, também, uma fazenda de cliques. Muitos portais vão editando especulações para que 'aquela frase' infle e se transforme em uma sensacionalista pauta, consequentemente, o material vira uma 'boa manchete' que, mesmo sem ser verdadeira, vai angariar cliques e ser replicada nas mais diferentes timelines por sua audiência.

Seguranças que seguraram a porta, num primeiro instante, sem se dar conta de que não era uma briga ou um tumulto, já são tidos como assassinos e/ou responsáveis pelo segundo maior incêndio do Brasil.

Familiares do DJ e dos integrantes da banda são obrigados a ler e digerir que estas vítimas - que também compõe o trágico número que já supera 245 mortos - foram as culpadas pelo incêndio.

Espero, sinceramente, que estes portais, com sede de cliques, não tirem o nosso foco do verdadeiro problema. Linchar um segurança e/ou culpar um cadáver é, infelizmente, muito mais cômodo do que apurar e, quem sabe, bater de frente com o verdadeiro e burocrático problema que é cheio de e$queminhas. Não se esqueçam que estamos no Brasil e, para muitos, a violência e o sofrimento são tidos, também, como sinônimo de audiência e dinheiro.

Pobre do Jornalismo, que se perdeu em meio à publicidade."

A imagem, apesar de dispensar qualquer legenda, tem como fonte o jornal gaúcho 'Zero Hora'; já o texto, foi escrito e retirado originalmente do mural de Eduardo Cabral.

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