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quinta-feira, 15 de março de 2012

Egito indicia 75 suspeitos de participar de confrontos em jogo de futebol



A Justiça do Egito indiciou nesta quinta-feira 75 acusados de envolvimento em confrontos que deixou 74 mortos em um estádio de futebol no mês passado. Entre os indiciados há nove policiais acusados de ser cúmplices de assassinato no tumulto de 1º de fevereiro em Port Said.




Os demais indiciados são torcedores acusados de assassinato. Os confrontos aconteceram depois que torcedores invadiram o campo após o fim do jogo em que o clube Masry conseguiu um rara vitória por 3 a 1 contra o al-Ahly. Os dois times têm um histórico de rivalidade, mas a violência teria se acirrado porque os policiais demoraram para conter os torcedores.

Em comunicado, a procuradoria-geral do Egito afirmou que os nove policiais são cúmplices de assassinato porque sabiam que torcedores do Masry planejavam atacar os rivais.

Muitos deles eram criminosos fichados que se prepararam para o massacre levando facas, pedras e explosivos para o estádio.

Segundo a promotoria, a polícia teria permitido a entrada de mais torcedores do Masry que o permitido e deixado de revistá-los, além de não ter agido para pôr fim à violência.


“Os policiais falharam em tomar qualquer medida capaz de manter a segurança, proteger vidas e a propriedade", disse o comunicado, esclarecendo que as acusações foram feitas com base em imagens de vídeo e depoimentos de suspeitos.

Os confrontos em Port Said aumentaram a tensão política no Egito e reforçaram a sensação de que a junta militar que governa o país não conseguiu restaurar a ordem, um ano após a queda do ex-presidente Hosni Mubarak.

Torcedores do al-Ahly, conhecidos como “ultras”, disseram que a falta de ação das forças de segurança durante o tumulto foi uma “retaliação” pelo papel da torcida na revolta que forçou a queda de Mubarak, em fevereiro de 2011. Após o jogo, novos protestos e choques entre policiais e manifestantes aconteceram no Cairo.

Com AP

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