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quarta-feira, 28 de março de 2012

Desoneração de eletroeletrônicos deve ser limitada a 35 produtos



A desoneração da folha de pagamento para a indústria de eletroeletrônicos não deve atingir todo o setor, mas sim uma lista de 35 produtos, como transformadores elétricos, para-raios e outros itens de transmissão e distribuição de energia. A lista de produtos foi discutida nesta quarta-feira entre Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Depois de se reunir com Mantega nesta quarta, Barbato disse que governo estuda a desoneração da Cofins para a indústria de eletroeletrônicos. A ação faz parte de uma série de medidas que a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff tem tomado para estimular a indústria.

Os produtos selecionados para a desoneração são aqueles em que a folha de pagamento é relevante nos custos totais de produção.

As empresas que forem contempladas pela medida passarão a recolher contribuição previdenciária de 1% sobre o faturamento bruto. Além disso, o ministro afirmou a Barbato que o governo pode "desonerar integralmente as receitas de exportações do setor".

O ministro Mantega não exigiu contrapartidas do setor, segundo Barbato. "A indústria já está na UTI, então estamos na emergência. As medidas vêm nessa hora de aperto", disse.

A Abinee representa um setor que emprega cerca de 185 mil trabalhadores formais e que no ano passado registrou déficit comercial de US$ 31 bilhões.

O setor de fabricantes de ônibus também negociou nesta quarta-feira a desoneração da folha de pagamentos com o ministro da Fazenda.

O vice-presidente de relações institucionais da Marcopolo S.A. e presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), José Martins, disse que o setor aceita a substituição da cobrança de 20% sobre a folha de pagamento pela alíquota de 1% sobre o faturamento bruto.

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