Ao ler o livro “Pelo ralo”
percebemos uma brincadeira entre o escritor e as palavras. Uma brincadeira que
faz nós leitores admirar como em poucas palavras a poesia pode dizer tudo e ao
mesmo tempo nada.
Um estilo de escrita simples, mas
que inspira fazendo nós amantes da literatura se apaixonar percebendo que a
poesia pode estar em qualquer lugar (Pelo ralo, Só (I), Da Índia e entre
outros).
Como diz a Escritora Flávia
Assaife no Prefácio do livro:
“Poesia é todo
sentimento que aflora individualmente em cada escritor e compartilhado com cada
leitor o faz vibrar no mais profundo tom que o acaricia em cada letra, em cada
palavra, em cada verso.”
Notamos isso
nitidamente quando lemos vendo também como cada palavra carrega um sentimento
especial dentro da poesia deixando ela encantadora e prazerosa quando é lida.
Como nessa
poesia chamada “Mandala”:
Desejo
a tua inexistência
que
no meio dessa mandala
teu
rosto não esteja
A
fim de dar fim nessa saudade
que
dolorosamente me corteja.
Percebemos
nessa poesia curta como o poeta expressa o sentimento que é aflorado em si e
passada para o papel. Ao analisarmos parcialmente vemos que o eu-lírico expressa
um sentimento que aparenta ser de algo que ele quer se esquecer, mas não
consegue e espera no meio dessa mandala que vive dolorosamente corteja faça o
esquecer.
Também
percebemos como uma poesia curta pode dizer tudo e ao mesmo tempo nada, pois
percebemos um certo desapontamento do eu lírico que tenta esquecer mais não
consegue, mas menos tendo pouca expectativa acredita que consiga esquecer.
Com tudo o
livro “Pelo ralo” é muito bem recomendado para todos que aprecia uma ótima
poesia, pois além de ser uma leitura simples é muito prazerosa e deixa nós leitores
com aquele gosto de querer ler um pouco mais.