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quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Poeta que nunca amou

Sempre escrevi poemas
Mas nunca senti nada
Romântico, muitos falam
Que amor é perda de tempo
Outros falam que é ótimo
Sentir o amor, eu nunca senti
Só cheguei a gostar, mas nada de amar.
É complicado poder recitar algo
Que nunca senti e aparentar que já amei,
Não é que esteja falando bobagem
Mas nunca consegui amar ninguém.
Só apenas um poeta que escreve por diversão
Mas por que nunca senti algo assim tão belo,
Romântico, gosto.
Ando atrás de achar uma resposta, mas nada
Consigo encontrar
Mas se sou o Poeta da Madrugada
Algo bonito consigo te falar
Mesmo não amando
Ainda sou um ser humano.

Escrito por Alex Lopes Ozorio

Moab, Utah - EUA

Ghent, uma cidade medieval na Bélgica

Paisagem digna de uma pintura de Van Gogh! Em algum lugar no sul da Espanha.

Ilha muito bonita

Entre os erros descobri acertos,

entre o desânimo encontrei forças,
entre destruição vi paredes aproveitáveis,
entre ruas perdidas, encontrei saídas,
entre a miséria eu vi esperança,
e no meio do caos, uma direção.
Quando o céu escureceu e a noite caiu,
a solidão me fez companhia,
e no meio do silêncio da noite perdida,
eu conversei com o vazio, e chorei,
e entre as lágrimas eu vi um riso,
e entre rir ou chorar,
preferi a gargalhada seca de quem espera,
e agora faço o meu caminho sem medo.
Entre o meu sonho e a realização: um fio,
uma tênue linha que nos separa,
um esforço a mais que eu tenho que realizar,
e entre o ficar e o ir, eu vou,
entre o amar ou o ficar, eu amo,
entre o mar e rio, eu navego,
entre o doce e o amargo, eu me lambuzo.
E se tenho tanta confiança,
é porque no fundo no fundo,
vive em mim uma criança,
que neste momento sorri, e diz sim para vida,
porque sabe perdoar e recomeçar, sempre...

_Paulo Roberto Gaefke_

Será que as pessoas que leem são mais legais?


Segundo uma pesquisa da Universidade de Washington e Lee, nos EUA, sim! O teste foi bem simples: um grupo de pessoas recebeu histórias bem curtinhas para ler. Depois, algumas canetas foram derrubadas 'acidentalmente' pelos pesquisadores.

Os resultados foram bem bacanas: foi constatado que, quanto mais envolvidas com a história as pessoas ficavam, maiores as chances de levantar para recolher as canetas. O motivo é que, quando lemos um livro, criamos empatia pelos personagens e isso se reflete no jeito com que tratamos os outros!

E você, anda lendo bastante? o/

[Imagem via Ronn ashore, no Flickr / fonte: Revista Superinteressante]

A comovente história do Start FC e de seus mártires do "jogo da morte" contra a ocupação nazista.



Em 1941, o exército nazista invade a Ucrânia e em pouco tempo toma a capital Kiev. Internamente, alguns civis tentavam organizar a retomada e enfraquecimento da ocupação alemã, entre eles estava o goleiro do Dinamo de Kiev, Nicolai Trushevich. Sem grande sucesso, em meados de setembro, Trushevich e alguns de seus ex companheiros de time se encontravam famintos e desnutridos. Foi neste momento que o arqueiro foi reconhecido por um padeiro fanático por futebol, o padeiro lhe ofereceu o cargo de servente e um abrigo – este emprego impediu o goleiro de ser mandado para a Alemanha, onde realizaria trabalhos forçados. Logo outros jogadores do Dínamo também foram chamados para trabalhar no local.

Em 1942, como estratégia para ganhar apoio dos ucranianos, os nazistas tentaram normalizar dia após dia a rotina das cidades ocupadas. Para tanto, uma das estratégias que mais angariou público e apoio, foi uma série de jogos amistosos entre times formados por soldados húngaros, romenos, nazistas, e, por fim, algumas equipes ucranianas. Entre os times locais, estaria uma equipe formada por ex jogadores do Dínamo de Kiev, contando com Trushevich e seus companheiros que foram ajudados pelo padeiro; conseguiram montar uma equipe e realizar treinamentos no terreno dos fundos do estabelecimento. O time foi batizado de “Start FC”.

Em seus primeiros jogos, em meados de junho de 1942 os resultados foram animadores, goleadas de 7x2, 9x1, 6x0. Logo os governantes nazistas entenderam que aqueles resultados poderiam criar um problema novo para o regime. Ao final de 1942, após diversas partidas, o Start FC terminou a temporada de forma invicta, e como suspeitavam, as vitórias daquele time acabou se transformando no símbolo do nacionalismo ucraniano, fomentando manifestações nas ruas e elogios da imprensa local.

Para contrapô-los na mesma moeda, os nazistas criaram um time que simbolizaria o nacionalismo alemão, e em consequência, a superioridade racial e técnica dos alemães. O time foi formado por 6 dos melhores jogadores do exército alemão. No confronto entre as equipes, mesmo com uma arbitragem totalmente parcial, o time local venceu por 5x1. No dia seguinte, entre ucranianos orgulhosos e eufóricos, alguns avisos foram colados pela cidade marcando uma “vingança” para o domingo próximo - podemos ver a imagem dos panfletos nesse link (http://en.wikipedia.org/wiki/File:Death_match_bill.jpg).

Chegada a data marcada para a revanche, os times ainda se encontravam no vestiário quando um oficial da SS entrou para falar com os ucranianos. Este recomendou que “não seria interessante que o Start vencesse a partida”, além disso, “esperamos que façam a saudação nazista antes do jogo”.
Equipes perfiladas em campo, o time alemão faz a saudação nazista para os governantes presentes, no entanto, ao contrário do que foi pedido e de forma corajosa, nenhum jogador do Start faz o gesto, causando aplausos eufóricos da torcida local.

Começada a partida, novamente a violência dos alemães ficava evidente, mas também o seu superior vigor físico, e aos 15min abria-se o placar em favor dos nazistas. Em jogo marcado pela virilidade/jogo de força dos nazistas, e técnica/inteligência dos ucranianos, o resultado final foi 5x3 para os locais. Na saída do estádio foi possível ver inúmeras comemorações pelas ruas de Kiev, um jornalista local chegou a afirmar que “os ucranianos ganharam sua maior felicidade naquele verão”.

Porém, semanas depois, alguns jogadores foram chamados na Gestapo. Lá, foram torturados e agredidos durante dias e depois enviados ao temido campo de concentração de Syrets. Em uma noite de frio, foi realizado um sorteio macabro. Soldados nazistas afirmaram que era preciso diminuir a lotação do local, e de forma intercalada alguns seriam escolhidos para viver ou morrer. Entre os mortos estavam, Klimenko, Trushevi e Kuzmenko, os três líderes do Start FC.

Demonstrando coragem, força e patriotismo, esses jogadores enfrentaram a força desproporcional da ocupação nazista através do poder de mobilização e força do futebol. Quando tudo parecia perdido, eles jogaram e mostraram aos seus inimigos que o jogo só acaba quando o juiz apita. Até hoje estes atletas são lembrados pelo Dínamo de Kiev. Na frente de seu estádio existe um monumento erguido em 1971 em homenagem aos atletas que morreram defendendo, antes de tudo, a liberdade e o esporte.

Texto de Rafael Gota
Administração Imagens Históricas

Foto: “Futebol & guerra: resistência, triunfo e tragédia do Dínamo na Kiev ocupada pelos nazistas”

Para saber mais sobre a história, recomendo este excelente documentário da ESPN
http://www.youtube.com/watch?v=e8r3sUWp-P8

Bela imagem